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Brasil expressa apoio à proposta da China para o fim do conflito na Ucrânia

© AFP 2023 / Ken IshiiO presidente chinês Xi Jinping (R) e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva apertam as mãos após uma cerimônia de assinatura no Grande Salão do Povo em Pequim em 14 de abril de 2023
O presidente chinês Xi Jinping (R) e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva apertam as mãos após uma cerimônia de assinatura no Grande Salão do Povo em Pequim em 14 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.04.2023
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Durante a visita de Lula a Xi, os dois chefes de Estado mantiveram reunião em atmosfera calorosa e cordial. Intercambiaram percepções sobre as relações sino-brasileiras em todas as áreas de cooperação bilateral, bem como sobre temas internacionais e regionais de interesse comum chegando a amplos consensos, afirmou o Itamaraty.
Nesta sexta-feira (14), em declaração conjunta entre a República Federativa do Brasil e a República Popular da China, divulgada pelo Itamaraty, o Brasil expressou seu apoio à proposta chinesa para o cessar-fogo na Ucrânia a qual "oferece reflexões conducentes à busca de uma saída pacífica para a crise".
"As partes afirmam que diálogo e negociação são a única saída viável para a crise na Ucrânia e que todos os esforços conducentes à solução pacífica da crise devem ser encorajados e apoiados. O Brasil recebeu positivamente a proposta chinesa que oferece reflexões conducentes à busca de uma saída pacífica para a crise. A China recebeu positivamente os esforços do Brasil em prol da paz. As partes apelaram a que mais países desempenhem papel construtivo para a promoção da solução política da crise na Ucrânia. As partes decidiram manter os contatos sobre o assunto", diz o texto.
Ao mesmo tempo, no mesmo t a parte brasileira reiterou que "adere firmemente ao princípio de Uma Só China, e que o governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China, enquanto Taiwan é uma parte inseparável do território chinês".
"Ao reafirmar o princípio da integridade territorial dos Estados, [o Brasil] apoiou o desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan. A parte chinesa manifestou o grande apreço a esse respeito."
© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o Presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji no Grande Palácio do Povo, Pequim, China, 14 de abril de 2023
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o Presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji no Grande Palácio do Povo, Pequim, China, 14 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.04.2023
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o Presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji no Grande Palácio do Povo, Pequim, China, 14 de abril de 2023
As partes também "reiteram o apoio à autoridade da ONU e ao seu papel central na manutenção da paz", mas defenderam uma reforma da instiuição e do Conselho de Segurança.
"[As partes] Reconheceram a necessidade de reformar a ONU e o seu Conselho de Segurança, com vistas a torná-los mais representativos e democráticos. Enfatizaram também o impulso das reformas necessárias e adequadas do Conselho de Segurança, para permitir um papel maior desempenhado pelos países em desenvolvimento."
O combate à fome, à miséria e a adoção de medidas para facilitar o acesso das populações de baixa renda à alimentação saudável também foram pauta das conversas e temas de acordo.

"[...] Diante do compromisso de ambos os países com a erradicação da fome e da miséria em nível global [...] neste aspecto, acordaram estreitar a cooperação bilateral no sentido de estabelecer um plano de trabalho conjunto para abordar temas relativos ao combate à fome e à pobreza e ao desenvolvimento rural, incluindo a cooperação em políticas e troca de experiências destinadas a aprimorar as transferências de renda, a inclusão socioeconômica e a sustentabilidade da produção de alimentos, seja por meio de cooperação técnica, maquinário adequado, ou por soluções de energia renovável adaptadas a pequenas propriedades rurais."

Sobre o BRICS, a China manifestou apoio para o Brasil no exercício da presidência do bloco em 2025. As duas partes "comprometeram-se com o contínuo aprofundamento da cooperação em todas as áreas no âmbito do BRICS [...] e apoiaram a promoção de discussões ativas entre os membros do BRICS sobre o processo de expansão".
© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert / CC BY 2.0Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira-dama Janja Lula da Silva, durante Cerimônia de aposição de coroa de flores no Monumento aos Heróis do Povo, 14 de abril de 2023
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira-dama Janja Lula da Silva, durante Cerimônia de aposição de coroa de flores no Monumento aos Heróis do Povo, 14 de abril de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.04.2023
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a primeira-dama Janja Lula da Silva, durante Cerimônia de aposição de coroa de flores no Monumento aos Heróis do Povo, 14 de abril de 2023
Por fim, as partes reconheceram o pleno sucesso da visita do presidente Lula e o significado marcante dessa visita na história das relações Brasil-China.
Lula agradeceu a calorosa acolhida e a grande hospitalidade recebidas do presidente Xi Jinping e do governo e do povo chineses durante a visita à China e convidou Xi para realizar uma visita de Estado ao Brasil em data oportuna em 2024 para celebrar os 50 anos de relações diplomáticas entre Brasil e China.
O Presidente Xi Jinping agradeceu o convite com satisfação, e as partes tratarão o assunto pela via diplomática.
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