Hungria diz que não mudará sua posição sobre conflito na Ucrânia sob pressão dos EUA

A Hungria não abandonará seu compromisso com um acordo pacífico na Ucrânia apesar da imposição das sanções norte-americanas ao Banco Internacional de Investimentos (BII) que fica em Budapeste, disse Istvan Hollik, o porta-voz do partido governista Fidesz.

Na quarta-feira (12), o embaixador dos EUA na Hungria, David Pressman, disse que três executivos do BII sediado em Budapeste, inclusive seu vice-presidente húngaro, Imre Laszloczki, foram sancionados pelos EUA.

Segundo Pressman, os EUA também estão "preocupados" que Budapeste continue a manter a cooperação econômica com Moscou.

"Obviamente, o objetivo desta coletiva de imprensa e de toda a campanha de pressão de sua parte é nos pressionar para mudarmos nosso ponto de vista. Penso que neste caso uma reação suficiente seria [...] transmitir ao embaixador que não mudaremos nossa posição [...] A posição húngara sobre a guerra não mudará – nós continuamos do lado da paz", disse Hollik à mídia húngara HirTV.

Desde o início do conflito, a Hungria tem se oposto de forma consistente às sanções contra fontes de energia russas e ao envio de armas para a Ucrânia.

No início de março do ano passado, o parlamento húngaro emitiu um decreto proibindo o envio de armas para a Ucrânia a partir de seu território.