Mídia: autor de imposição de teto de preço ao petróleo russo se demite do Tesouro dos EUA

O assessor do presidente e secretário adjunto do Tesouro para a política econômica dos EUA, Ben Harris, deixa o Tesouro norte-americano, informa a Bloomberg.

"Harris [...] ajudou a desenvolver muitas das principais políticas da Casa Branca, incluindo o teto de preço do petróleo russo", diz o artigo.

Harris foi um dos raros funcionários próximos tanto do presidente Joe Biden quanto de Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos.

"Ele foi uma voz-chave na política econômica de Biden enquanto a administração navegava na recuperação da pandemia", disse o vice-chefe do gabinete da Casa Branca, Bruce Reed, citado pela Bloomberg.

Segundo a agência, a demissão do assessor presidencial está ligada à reestruturação da equipe econômica de Biden. Os planos futuros de Harris são desconhecidos.

Teto de preço petrolífero

As sanções petrolíferas impostas pelos países ocidentais à Rússia entraram em vigor em 5 de dezembro de 2022.

A União Europeia (UE) boicotou o petróleo russo transportado por mar, enquanto os países do G7, Austrália e UE impuseram um limite de preço de US$ 60 (R$ 315,2) por barril nos embarques marítimos, sendo o petróleo mais caro, acima desse limite, proibido de ser transportado ou segurado.

A Rússia respondeu proibindo, a partir de 1º de fevereiro, a exportação de petróleo se os contratos direta ou indiretamente incluírem um mecanismo de limite de preço.

Em 5 de fevereiro, entraram em vigor as sanções sobre todos os combustíveis russos: a União Europeia proibiu a importação de produtos petrolíferos russos, ao mesmo tempo que a UE e os países do G7 estabeleceram um teto de preço.

O limite foi fixado em US$ 100 (R$ 525,4) por barril para o diesel russo e US$ 45 (R$ 236,4) por barril para o fuelóleo.