EUA gostariam de usar a Crimeia para controlar o mar Negro, diz ex-premiê eslovaco

Os Estados Unidos estão pressionando Kiev a realizar provocações em relação à Crimeia, pois gostariam de usar a península para confrontar a Rússia e assumir o controle das águas do Mar Negro, declarou à Sputnik, Jan Carnogursky, ex-primeiro-ministro da Eslováquia.

"Para o Ocidente coletivo, representado pelos EUA, isso não é uma questão de conhecimento intelectual, mas uma questão de interesse retirar a Crimeia da Rússia. Os EUA gostariam de construir sua base militar na Crimeia para a usar contra a Rússia e controlar o mar Negro. Mas acredito que a Rússia protegerá a Crimeia, seu território", disse Carnogursky.

Segundo ele, os países ocidentais agora usam a Ucrânia para suas tentativas de retirar a Crimeia da Rússia. "Quando forem derrotados na Ucrânia, eles vão parar de tentar retirar a Crimeia da Rússia", disse Carnogursky.

Ao mesmo tempo, o político observou que no Ocidente se ouvem cada vez mais as vozes de especialistas que indicam que a Crimeia sempre foi russa e permanecerá russa.

"O referendo na Crimeia foi legal. A reunificação da Crimeia com a Rússia foi realizada, e o Ocidente é obrigado a aceitá-la", disse o interlocutor da agência.

Ele também enfatizou que as sanções ocidentais não conseguiram conter o desenvolvimento da Crimeia.

"As sanções complicam a vida dos crimeanos, mas não conseguiram conter e não pararam o desenvolvimento da península. Desde o retorno da Crimeia à Rússia, ou seja, desde a imposição de sanções ocidentais, seu desenvolvimento acelerou", disse o ex-premiê eslovaco.

A Crimeia se tornou uma região russa em março de 2014 após um referendo depois do golpe de Estado na Ucrânia. No referendo, 96,77% dos eleitores na Crimeia e 95,6% na maior cidade da península, Sevastopol, votaram a favor de se tornarem parte da Rússia.

A Ucrânia ainda considera a Crimeia seu território temporariamente ocupado e muitos países ocidentais apoiam Kiev nesta questão.

Por sua vez, a liderança russa declarou repetidamente que os residentes da Crimeia votaram pela reunificação com a Rússia de forma democrática, em total conformidade com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas. Segundo o presidente russo Vladimir Putin, a questão da Crimeia está "encerrada para sempre".