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Parceiro? EUA falam sobre sanções após Brasil não 'obedecer' à doutrina americana contra Irã no RJ

© AFP 2023 / Carl de SouzaVista do navio militar iraniano Iris Makran na costa do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, Brasil, em 27 de fevereiro de 2023
Vista do navio militar iraniano Iris Makran na costa do Rio de Janeiro, no Rio de Janeiro, Brasil, em 27 de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.03.2023
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No dia 26 de fevereiro, os navios IRIS Makran e IRIS Dena da Marinha iraniana chegaram ao Rio de Janeiro, mesmo com a pressão americana para que o Brasil não permitisse a entrada das embarcações iranianas.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, respondendo a perguntas sobre os navios de guerra iranianos no Brasil, negou-se a dar detalhes sobre a adoção de sanções contra as entidades brasileiras por "não atenderem aos desejos das autoridades americanas".
Ao ser questionado se os EUA retomariam a doutrina Monroe e o discurso de que a "América para os Americanos", Price afirmou que "os países vão tomar suas próprias decisões" e que "a doutrina Monroe é um legado histórico" e, portanto, não está sendo exercida pelo país.
Com relação ao Brasil, Price afirmou que o país "é um sócio democrático próximo dos EUA", e que tentarão trabalhar com as autoridades brasileiras para "enviar a mensagem correta ao Irã" e outras nações que representam uma "ameaça" e um "desafio" aos interesses coletivos em todo o mundo.

"Temos a impressão de que nenhuma democracia neste hemisfério [ocidental] quereria este tipo de atividades iranianas, estes navios de guerra atracando em seus portos", indicou Price.

Posteriormente, ao ser questionado sobre as sanções contra as entidades brasileiras que permitiram a entrada dos navios iranianos, o norte-americano se limitou a fornecer detalhes, afirmando apenas que "este tipo de ações" não está previsto, pois o país é um parceiro dos EUA.
Price destacou que os EUA sempre "cumprem a lei" ao ser indagado se o recebimento de embarcações de guerra iranianas pode acarretar penalidades às administrações portuárias.
"O fato é que um país como o Irã representa uma ameaça coletiva para os EUA e para nossos parceiros neste hemisfério", voltou a enfatizar Price.
Navios de guerra do Irã chegaram às águas brasileiras em 26 de fevereiro e têm causado polêmica internacional, tanto antes quanto depois de sua atracagem no Rio de Janeiro. Entretanto, com o governo brasileiro o clima é diplomático e amistoso.
Desde o anúncio da vinda dos navios, em janeiro, o assunto vem causando polêmica com países estrangeiros como os Estados Unidos e Israel.
Além do Senado norte-americano e da embaixadora dos EUA em Brasília terem criticado a liberação brasileira para atracagem das embarcações, no dia 2 de março Tel Aviv se pronunciou e disse que "nunca é tarde para o Brasil mandar os navios embora".
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