Chefe do Pentágono visita Iraque quase 20 anos após invasão liderada pelos EUA

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, chegou ao Iraque nesta terça-feira (7) para uma visita não anunciada, duas semanas antes do 20º aniversário da invasão liderada pelos Estados Unidos que derrubou Saddam Hussein.

"Estou aqui para reafirmar a parceria estratégica EUA-Iraque à medida que avançamos em direção a um Iraque mais seguro, estável e soberano", escreveu Austin no Twitter após seu desembarque em Bagdá.

Wheels down in Baghdad. I’m here to reaffirm the U.S.-Iraq strategic partnership as we move toward a more secure, stable, and sovereign Iraq. pic.twitter.com/hJVJjefuyv

— Secretary of Defense Lloyd J. Austin III (@SecDef) March 7, 2023

Descendo em Bagdá. Estou aqui para reafirmar a parceria estratégica EUA-Iraque à medida que avançamos em direção a um Iraque mais seguro, estável e soberano

De acordo com a AFP, a visita de Austin foi precedida por uma série de autoridades estrangeiras, incluindo os ministros das Relações Exteriores iraniano, russo e saudita e o chefe da ONU, António Guterres. O representante dos EUA chega ao país antes do 20º aniversário da invasão que deu início a duas décadas de derramamento de sangue no Iraque.

A respeito da visita do secretário de Defesa, uma fonte anônima disse à Reuters, que "o que [os iraquianos] vão ouvir dele é o compromisso de manter nossa presença de força, mas não é apenas sobre o instrumento militar. Os Estados Unidos estão amplamente interessados em uma parceria estratégica com o governo do Iraque".

Desde que as tropas da coalizão lideradas pelos EUA invadiram o país em 2003 e derrubaram o regime dominado pelos árabes sunitas de Saddam, a maioria xiita do Iraque tem liderado sob um sistema confessional de compartilhamento de poder.

Sucessivos governos estabeleceram laços estreitos com o vizinho xiita do Iraque, o Irã, enquanto o Bagdá mantém relações com Washington, em uma delicada manobra de equilíbrio político.

Após a ajuda do Irã e dos EUA no combate contra as forças do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) que invadiram áreas do norte e oeste do Iraque em 2014, o fim das operações de combate das tropas da coalizão lideradas pelos EUA só foi anunciado no final de 2021, mas algumas unidades permaneceram destacadas no território para fornecer aconselhamento e treinamento às forças de segurança locais.