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Astrônomos brasileiros descobrem 'Sistema Solar' semelhante ao nosso

© Foto / Pixabay / WikiImagesRepresentação artística do Sistema Solar
Representação artística do Sistema Solar - Sputnik Brasil, 1920, 07.03.2023
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Um grupo de astrônomos descobriu exoplanetas no sistema da estrela HIP 104045, a 175 anos-luz da Terra. O sistema desta estrela é extremamente parecido com o nosso Sistema Solar em idade e propriedades e inclui pelo menos dois gigantes gasosos.
Um deles pesa cerca de metade da massa de Júpiter, tem um período orbital de 6,3 anos e o outro possui cerca de 2,5 vezes a massa de Netuno e uma órbita de 316 dias, semelhante à Terra.

"Pequenos planetas do tamanho da Terra são mais comuns do que planetas gigantes. Esses fatores abrem precedentes para a busca de planetas semelhantes à Terra ao redor de estrelas parecidas com o Sol", escreve a equipe internacional de astrônomos liderada pelo brasileiro Thiago Ferreira, da Universidade de São Paulo, no Brasil.

Os pesquisadores observam muitas semelhanças entre o Sol e a HIP 104045. A estrela tem cerca de 4,5 bilhões de anos (o Sol possui 4,57 bilhões de anos) e tem um teor de metais quase idêntico - uma concentração relativa de elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio. Além disso, a massa da HIP 104045 é apenas 1,03 vezes a do Sol e seu raio é 1,05 vez maior.
Para procurar exoplanetas próximos à estrela, os cientistas usaram o HARPS (sigla em inglês de pesquisador de planetas de velocidade radial de alta precisão) do Observatório de La Silla, situado na periferia do deserto do Atacama, 600 quilómetros a norte de Santiago do Chile, a uma altitude de 2.400 metros.
O primeiro planeta a ser descoberto foi um semelhante a Júpiter. Embora um pouco menor do que o existente no Sistema Solar, este gigante gasoso também está longe o suficiente da sua estrela para proteger o interior do sistema de asteroides.
Os cientistas planetários observam que Júpiter tem sido importante para o desenvolvimento do Sistema Solar e provavelmente para a origem da vida na Terra. A gravidade poderosa deste gigante gasoso protege o Sistema Solar interior do bombardeamento constante por pequenas rochas, formando um cinturão de asteroides estável.
"Os análogos de Júpiter se formam preferencialmente em torno de estrelas com teor de metais próximo ao Sol e, surpreendentemente, planetas potencialmente habitáveis de baixa massa podem ser comuns em torno de estrelas que hospedam um Júpiter frio", escreveram os cientistas.
Ao mesmo tempo, de vez em quando ele ejeta pequenas rochas no Sistema Solar interior. Especula-se que a colisão de um destes asteroides com a Terra foi o que deu origem à vida em nosso planeta.
Os pesquisadores acreditam que analisar sistemas planetários com gigantes gasosos, propriedades e parâmetros orbitais semelhantes a Júpiter poderia ajudar a encontrar outro sistema com condições para o surgimento de vida.
Mas é improvável que a HIP 104045 seja adequada: a presença de um super-Netuno quente na órbita de um planeta maior torna menos provável que um planeta semelhante à Terra se forme na zona habitável da estrela.
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