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Por que o Ocidente não deveria fazer dos crescentes gastos militares da China um problema

© AP Photo / Pang Xinglei/XinhuaNesta foto divulgada pela agência de notícias Xinhua da China, as tropas do Exército de Libertação Popular chinesa (ELP) realizam uma cerimônia de levantamento de bandeira para um desfile militar para comemorar o 90º aniversário da fundação do ELP na 1º Base de treinamento de Zhurihe na região autônoma da Mongólia Interior do Norte da China, 30 de julho de 2017
Nesta foto divulgada pela agência de notícias Xinhua da China, as tropas do Exército de Libertação Popular chinesa (ELP) realizam uma cerimônia de levantamento de bandeira para um desfile militar para comemorar o 90º aniversário da fundação do ELP na 1º Base de treinamento de Zhurihe na região autônoma da Mongólia Interior do Norte da China, 30 de julho de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 06.03.2023
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O desejo da China de aumentar seu orçamento de defesa está estritamente sincronizado com o status internacional de um país que luta pela paz e estabilidade global, disse o analista político da Universidade de Pequim, Zhou Rong, à Sputnik.
Pequim vai aumentar seus gastos militares em 7,2% neste ano, até 1,5 trilhão de yuans (cerca de R$ 1,1 trilhão), de acordo com o projeto de orçamento apresentado na recente sessão anual do Congresso Popular Nacional da China. O projeto de orçamento especifica que os gastos com a defesa nacional da China em 2022 totalizaram aproximadamente 1,4 trilhão de yuans (cerca de R$ 1,08 trilhão).
O documento aponta para a necessidade de promover a modernização da defesa nacional e das forças armadas, aprimorar o poder do Estado no campo da ciência e da tecnologia de defesa e apoiar a criação de mais fortes capacidades de defesa nacional e um poder militar mais pujante.
"Alguns países ocidentais, preocupados com o crescente orçamento de defesa da China, devem ser lembrados de que os gastos militares da República Popular da China [RPC] são apenas um quarto do dos EUA. O orçamento de defesa da China equivale a cerca de 1,5% de seu produto interno bruto [PIB], a menor participação entre as principais economias do mundo", disse Zhou.
Ele acrescentou que os EUA e alguns de seus aliados ocidentais "continuam a fazer do crescente orçamento de defesa chinês um problema".
O analista lembrou que esses próprios países aumentaram significativamente seus gastos militares com base no "fornecimento de ajuda militar a Kiev" em meio ao conflito da Ucrânia. Desde o início da operação militar especial russa no país, os EUA enviaram mais de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 517,6 bilhões) em assistência militar a Kiev, com Moscou alertando repetidamente que essas ações prolongam o conflito da Ucrânia.
Haiwangxing, navio de inteligência da Marinha do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, operando a noroeste da Austrália, 11 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 06.03.2023
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Aumento de gastos militares indica que China se prepara para conflito com EUA, segundo analista
Zhou também lembrou que os dois vizinhos imediatos da China, Japão e Índia, também aumentaram seus gastos militares consideravelmente, com sua taxa de crescimento orçamentário de defesa atualmente excedendo a de Pequim.
O analista elogiou a China como "uma força importante" para ajudar a manter "a paz e estabilidade global", uma missão que de acordo com Zhou estipula a necessidade de Pequim fortalecer suas próprias capacidades de defesa definitivamente.
"Um aumento nos gastos militares da China está alinhado com o status internacional do país e o nível de sua responsabilidade global como uma grande potência. Ao mesmo tempo, a China detesta flexionar seus músculos militares em relação aos seus vizinhos imediatos e ao resto do mundo", enfatizou Zhou.
O especialista sugeriu que, no futuro, a China "continuará aumentando seu orçamento de defesa", um processo que ele disse, em particular, dependeria de ameaças e desafios externos que Pequim pode vir a enfrentar, incluindo aqueles relacionados a Taiwan e ao mar do Sul da China.
As tensões entre a China e Taiwan espiralaram no ano passado, após uma enxurrada de viagens à ilha por autoridades norte-americanas e europeias. A China, que vê Taiwan como uma parte essencial do continente, criticou as visitas como uma demonstração de apoio à independência de Taiwan e tem conduzido missões de observação e reconhecimento diários sobre as águas da ilha.
Separadamente, Pequim permanece envolvida em uma disputa prolongada com Washington e vários países da Ásia-Pacífico sobre o status territorial das ilhas no mar do Sul da China, onde os EUA geralmente conduzem missões de "liberdade de navegação".
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