Hungria volta a adiar voto de adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN

O premiê húngaro explica que os dois países candidatos à Aliança Atlântica "espalham mentiras" quando descrevem a situação com o Estado de direito na Hungria.

A Hungria voltou a adiar o voto de ratificação das candidaturas de adesão à OTAN da Suécia e da Finlândia, revelou um novo horário publicado na quinta-feira (2) pela Assembleia Nacional húngara, citado pela agência norte-americana Associated Press.

O voto foi adiado assim em duas semanas para a sessão parlamentar que começa em 20 de março.

Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, revelou na sexta-feira (24) que o país enviaria uma delegação parlamentar para a Suécia e a Finlândia, de forma a procurar uma "clarificação" sobre a adesão.

"Não é correto que eles nos peçam para aceitá-los enquanto espalham mentiras flagrantes sobre a Hungria, sobre o Estado de direito na Hungria, sobre nossa democracia e sobre a vida aqui. [Como] pode alguém querer ser nosso aliado em um sistema militar enquanto estão espalhando descaradamente mentiras sobre a Hungria? Então vamos parar para uma palavra amigável e perguntar a eles como isto pode ser", argumentou ele.

A Hungria é, além da Turquia, a única Estado-membro da OTAN que não ratificou a adesão da Suécia e Finlândia à Aliança Atlântica. Para completar a adesão, é necessário o voto afirmativo de todos os Estados-membros.