Helsinque: demora na admissão da Suécia e Finlândia à OTAN prejudica credibilidade do bloco

A demora na ratificação da adesão da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por alguns de seus membros prejudica a credibilidade do bloco e sua política de portas abertas, disse nesta terça-feira (28) a primeira-ministra finlandesa Sanna Marin.

"Nós esperaríamos já nos ter tornado membros da OTAN, a Finlândia e a Suécia cumprem todos os critérios que foram mencionados e ainda estamos à espera e, claro, isso também prejudica a política de portas abertas da OTAN, isso tem a ver com a credibilidade da OTAN, porque atendemos a todos os critérios, mas isso está nas mãos da Turquia e Hungria", disse a premiê durante uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, disse que Ancara não pode aprovar agora o pedido da Suécia de aderir à OTAN.

"Por parte da Suécia, não vemos que todas as medidas sejam tomadas, portanto, nesta fase não podemos aprovar a adesão dela à aliança", disse o ministro turco.

A Finlândia e a Suécia solicitaram a adesão à OTAN em maio de 2022 após o início da operação militar da Rússia na Ucrânia. Até o final de 2022, suas candidaturas foram ratificadas por 28 dos 30 países-membros da OTAN, com exceção da Hungria e Turquia.

A principal razão de Ancara para adiar sua aprovação é a relação entre Helsinque e Estocolmo e algumas organizações afiliadas ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK na sigla em curdo), que a Turquia considera uma organização terrorista.