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Juntas, Rússia e China podem garantir a segurança e estabilidade globais, apontam especialistas

© AP Photo / Mark SchiefelbeinBandeiras russa e chinesa em mesa antes de cerimônia de assinatura no Grande Salão do Povo, em Pequim (foto de arquivo)
Bandeiras russa e chinesa em mesa antes de cerimônia de assinatura no Grande Salão do Povo, em Pequim (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2023
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Pequim e Moscou estão trabalhando para construir uma base de segurança e estabilidade globais, apesar dos esforços de Estados-membros chave da OTAN, referidos por dois acadêmicos.
A China e a Rússia têm tido um desenvolvimento dinâmico em suas relações, apesar da situação volátil no mundo, particularmente na área de segurança e estabilidade globais.
Tal ficou visível no encontro entre Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Wang Yi, chefe da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, onde foi declarado o reforço da cooperação estratégica bilaterais. Antes disso, o responsável chinês teve reuniões com Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores, e Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança russo. Putin também espera uma visita em breve de Xi Jinping, presidente da China.
A relação entre Pequim e Moscou é tão forte quanto uma rocha e resistirá a qualquer teste, acredita Wang.
Aleksandr Lomanov, vice-diretor do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais (IMEMO, na sigla em russo), da Academie de Ciências da Rússia, explicou em uma entrevista à Sputnik a diplomacia chinesa, cuja abordagem vê como assumindo um significado especial agora:
Vladimir Putin, presidente da Rússia (à direita), aperta as mãos com Wang Yi, chefe da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (à direita), 22 de fevereiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 22.02.2023
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Putin: relações Rússia-China seguem crescendo como planejado, estamos atingindo novos horizontes
"A declaração de Wang Yi é um sinal muito interessante e positivo de que a política externa chinesa em relação à Rússia é sustentável não apenas em seu conteúdo, mas até mesmo em sua linguagem conceitual. As imagens da força e solidez dos laços Rússia-China foram usadas por Wang Yi enquanto ele ainda estava à frente do Ministério das Relações Exteriores em 2021."
"Após se tornar um alto funcionário no sistema do Comitê Central do Partido Comunista da China, responsável pela política externa, ele reafirmou que os laços bilaterais sino-russos são de fato fortes e estáveis, [e] não afetados por mudanças externas", sublinhou.
Um dos resultados das conversações em Moscou foi um acordo para resistir conjuntamente a todas as formas de intimidação unilateral.
"A China e a Rússia sempre aderiram ao desenvolvimento de relações bilaterais baseadas nos princípios de não-alinhamento, não-confrontação e não-alinhamento de terceiros", resumiu o acadêmico Yang Mian, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Comunicação de Massa da China, sobre as conversações em Moscou.
Este modelo estimula as relações comerciais e econômicas entre os dois países, a cooperação em educação, ciência, tecnologia e intercâmbios humanitários e não governamentais, e também ajuda a frear a hegemonia nas relações internacionais, potenciando o desenvolvimento a longo prazo dos dois países e do mundo inteiro, garante.
Tal é particularmente relevante na atual situação mundial , em que "os EUA estão criando facções de seus apoiadores, pressionando a China a desistir de sua posição sobre a crise ucraniana", diz Yang Mian, sublinhando que a China não toma partido em conflitos, adere sempre à possibilidade de paz e promove negociações. Nesse sentido, a China publicou um documento conceitual sobre a iniciativa de segurança global, que apresenta novas ideias e opções para esta área.
Lomanov considera o documento um texto construtivo, e que a Rússia tem um papel chave a desempenhar.
"Os Estados nucleares do Ocidente, os EUA, o Reino Unido e a França, devido ao alto grau de confronto com a China, devido ao seu profundo envolvimento em sua política de contenção, não podem se tornar parceiros construtivos de Pequim na promoção de sua iniciativa de segurança global", prevê o acadêmico russo.
"A China pode falar em implementar este conceito sozinha devido a sua influência, mas para que esta iniciativa ganhe uma perspectiva estratégica e tenha uma oportunidade de influenciar a área da segurança global, o apoio da Rússia é definitivamente necessário. Sob estas circunstâncias, a Rússia parece ser o parceiro-chave da China. Juntamente com ela, a China pode discutir a iniciativa e procurar maneiras de a implementar", segundo Aleksandr Lomanov.
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