Premiê italiana compara unidade da UE no conflito ucraniano com Titanic

A premiê italiana, Giorgia Meloni, declarou que aconselharia a não realizar uma reunião do presidente francês Emmanuel Macron com Vladimir Zelensky em Paris devido à necessidade de dar um sinal de unidade da União Europeia (UE) relativamente ao conflito ucraniano, traçando paralelos com o navio Titanic.

"Se eu fosse convidada, eu aconselharia Macron a não realizar essa reunião, porque estamos interessados em transmitir uma ideia de unidade com a Ucrânia", afirmou ela numa coletiva de imprensa após a cúpula da UE em Bruxelas.

Na noite de quarta-feira (8), Zelensky realizou uma reunião com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler Olaf Scholz em Paris. Na quinta-feira (9) de manhã, Macron e Zelensky voaram juntos para a cúpula da União Europeia. À chegada para a reunião dos líderes europeus, Meloni considerou inapropriado o convite de Zelensky para a capital da França.

Comentando sobre as publicações na mídia italiana, onde se falava do isolamento de Roma e do esfriamento das relações com a França, a primeira-ministra italiana lembrou que 25 dos 27 líderes da UE não estavam em Paris.

Segundo ela, sua não participação da reunião em Paris não afetou seu relacionamento com Macron. "Não é uma questão de 'esfriamento' e 'problemas', quanto a mim o assunto é que a Itália é uma nação bastante central na Europa para dizer quando discorda de algo", disse Meloni.

"Aqueles que pensam em uma União Europeia de categoria A e categoria B, aqueles que pensam que a Europa deve ser um clube em que há os que importam mais e menos, estão errados. Na minha opinião, quando se diz que a UE tem uma primeira classe e uma terceira classe, vale a pena recordar o Titanic. Se um navio afunda, não importa quanto você pagou pelo bilhete", enfatizou ela.