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Político austríaco: União Europeia se tornou 'idiota útil' para os EUA no conflito na Ucrânia

© AFP 2023 / Thierry CharlierBandeiras dos EUA e da União Europeia (UE)
Bandeiras dos EUA e da União Europeia (UE) - Sputnik Brasil, 1920, 25.01.2023
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A União Europeia (UE) se tornou o "idiota útil" para os EUA na Ucrânia porque o conflito até agora só tem beneficiado Washington: o complexo militar-industrial dos EUA tem os maiores lucros desde 1945, declarou à Sputnik o ex-candidato presidencial austríaco Gerald Grosz.
"Devemos saber que este é um conflito entre os EUA e a OTAN, de um lado, e a Rússia, do outro. A União Europeia é apenas um idiota útil, neste caso de Washington. Isto são consequências de a UE não ter conseguido integrar a Rússia em uma política de segurança comum. Os Estados Unidos se beneficiam desse conflito, especialmente porque sua indústria obtém os maiores lucros desde 1945", disse o político austríaco.
De acordo com Grosz, as sanções impostas à Rússia se tornaram "um erro dramático e grave causado pela reação emocional excessiva da liderança europeia". Ao mesmo tempo, Viena foi colocada em um "beco sem saída" e, por causa da distorcida solidariedade europeia, os austríacos "cometeram suicídio econômico, de política externa, político, e sócio-político", ressaltou Grosz.
Ele acrescentou que a renúncia da Áustria ao gás russo levará anos, e que a medida tem pouco sentido, já que o gás da Rússia continua chegando ao país, só que muito mais caro e por outras rotas.

"A economia e a indústria austríacas estão há mais de cinco décadas orientadas para o gás russo barato. A mudança levaria anos e muito dinheiro dos contribuintes. Além disso, faz pouco sentido prescindir do gás russo barato e obter o mesmo gás de outros países quatro vezes mais caro. Todos já estão convencidos de que o mesmo gás russo chega agora mais caro e através de outros países", disse o ex-candidato presidencial austríaco.

Homem caminha com guarda-chuva perto de bandeiras da União Europeia no exterior da sede do bloco, em Bruxelas, na Bélgica, em 16 de outubro de 2019 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 24.01.2023
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