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PL, partido de Bolsonaro, diz à Justiça que Moro se beneficiou de caixa 2 durante campanha

© AP Photo / Bruna PradoO ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, à direita, Sergio Moro, antes de um debate presidencial no Rio de Janeiro, Brasil, 28 de outubro de 2022
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, à direita, Sergio Moro, antes de um debate presidencial no Rio de Janeiro, Brasil, 28 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 24.01.2023
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Ação movimentada pelo partido diz que campanha eleitoral do ex-juiz, e agora eleito senador pelo Paraná, teve "indícios de corrupção" na contratação de empresas de amigos e funcionários para a campanha.
Em dezembro do ano passado, foi ventilado na mídia que o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, entrou com pedido junto à Justiça Eleitoral pela cassação do mandato do senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR).
Nesta terça-feira (24), a imprensa teve acesso ao documento enviado pela legenda, no qual a sigla acusa Moro de ter cometido abuso de poder econômico, bem como ter se beneficiado de caixa dois relacionado às verbas eleitorais de 2022, de acordo com a revista Carta Capital.
"O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral", disse o PL na ação, segundo a mídia.
Para o PL, o abuso de poder econômico praticado por Moro prejudicou o equilíbrio eleitoral na disputa ao Senado, gerando alteração no resultado. A diferença entre os votos do ex-juiz e do candidato da sigla ao Senado, Paulo Martins, foi de 200 mil votos.
A expectativa do partido é que ao apresentar supostas irregularidades cometidas pela campanha de Moro, que teriam como base uma manifestação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná – que apontou falhas na prestação de contas do ex-juiz –, em uma eventual nova eleição diante da cassação do mandato, Martins ocupe o cargo.
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Ainda segundo o PL, antes de oficializar a candidatura ao Senado pelo Paraná, Moro havia anunciado a pré-candidatura à presidência da República pelo Podemos e que essa pré-candidatura foi apenas um "estratagema pernicioso" para driblar e exceder o limite de gastos estipulado pela legislação eleitoral nas disputas pelo Senado.
"O conjunto das ações foi orquestrado de forma a, dentre outras irregularidades, usufruir de estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade e teto de gastos vinte vezes num segundo momento, carregando consigo todas as vantagens e benefícios acumulados indevidamente", declarou o PL.
A sigla acrescentou que a contratação do escritório de advocacia do suplente de Moro para a realização de serviços jurídicos eleitorais, no valor de R$ 1 milhão, demonstrava "indícios de corrupção", uma vez que o escritório não tinha experiência na atuação eleitoral.
Os gastos relacionados à pré-campanha à presidência e a campanha ao Senado de Moro somariam cerca de R$ 6,7 milhões, extrapolando o teto da disputa pelo Legislativo, de cerca de R$ 4,4 milhões por candidato.
O ex-juiz, que ainda não apresentou defesa formal no processo, nega as acusações e aponta que o procedimento se configura como o "desespero de perdedores", relata a mídia. No começo de dezembro passado, Moro chegou a procurar Jair Bolsonaro, até então presidente, para pedir ao mandatário que tentasse convencer o presidente da sigla Valdemar Costa Neto a desistir da ação, conforme noticiado.
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