O inverno chegou: Reino Unido determina que mais usinas a carvão sejam ativadas

A National Grid, operadora de rede elétrica do Reino Unido, está preparando a ativação de antigas usinas movidas a carvão no país a partir de amanhã (24).

Com a chegada do frio no Reino Unido e em meio à crise energética, as autoridades britânicas decidiram ativar "um bloco de usinas a carvão" para operarem "sob um contrato de contingência de inverno".

Segundo informações publicadas pelas redes sociais da National Grid, também serão oferecidos incentivos para a redução do consumo de energia nos horários de pico.

De acordo com a mídia britânica, o National Grid quer que as pessoas desliguem os aparelhos que consomem muita energia, como máquinas de lavar e videogames, durante o horário.

A empresa planeja pagar até 6 libras (R$ 38,64) por quilowatt-hora economizado, em um esquema projetado, segundo a Reuters, "para ajudar a evitar cortes de energia".

Temperaturas abaixo de zero foram registradas em grande parte do Reino Unido nos últimos dias, com o serviço meteorológico nacional emitindo avisos de clima severo para neve e gelo.

Em outubro do ano passado, a operadora de rede elétrica do Reino Unido informou que residências podem enfrentar cortes de energia de três horas neste inverno, caso o país tivesse problemas com os cortes de gás da Rússia.

Temendo pelo pior durante o inverno, o Reino Unido aprovou, em dezembro de 2022, a construção de sua primeira mina de carvão em décadas para produzir combustível para uso na siderurgia, provocando diversas críticas ambientais

É importante lembrar que Londres aprovou leis exigindo que todas as emissões de gases de efeito estufa sejam zeradas até 2050.O presidente do Comitê Independente de Mudanças Climáticas do Reino Unido, John Gummer, criticou a aprovação do projeto.

A mina de carvão, do tamanho de aproximadamente 60 campos de futebol, levaria dois anos para ser construída a um custo estimado em 2019 de £ 165 milhões (cerca de R$ 1bilhão). A mina está prevista para ser operada por 50 anos.