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Moraes mantém 140 presos por invasões e libera outros 60; Torres fica em silêncio em depoimento à PF

© AP Photo / Eraldo PeresManifestantes, apoiadores do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro, são confrontados pela polícia em tropa de choque depois que invadiram o Palácio do Planalto em Brasília, 8 de janeiro de 2023
Manifestantes, apoiadores do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro, são confrontados pela polícia em tropa de choque depois que invadiram o Palácio do Planalto em Brasília, 8 de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 18.01.2023
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Manifestantes liberados terão que cumprir medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica e estão proibidos de sair do país. Ex-ministro da Justiça, preso no sábado (14), ficou em silêncio em seu primeiro, e bastante esperando, depoimento à PF.
Nesta quarta-feira (18), o gabinete do ministro do Suprem Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, informou que o magistrado começou a analisar as 1.459 atas de audiências de custódia dos presos pelas invasões do dia 8.
Até o momento, 200 casos foram analisados pelo ministro, no entanto, Moraes decretou a prisão preventiva de 140 manifestantes e mandou liberar 60 investigados com a aplicação de medidas cautelares, segundo a revista VEJA.

"Em relação a esses [60] investigados, o ministro considerou que, embora haja fortes indícios de autoria e materialidade na participação dos crimes, especialmente em relação ao artigo 359- M do Código Penal [tentar depor o governo legalmente constituído], até o presente momento, não foram juntadas provas da prática de violência, invasão dos prédios e depredação do patrimônio público. Por isso, o ministro entendeu que é possível substituir a prisão mediante medidas cautelares", diz a nota do Supremo citada pela mídia.

As medidas cautelares aos 60 investigados liberados incluem recolhimento domiciliar no período noturno e nos fins de semana, uso de tornozeleira eletrônica e suspensão de eventual porte de armas. Eles também foram proibidos de sair do país; utilizar redes sociais e se comunicar com os demais suspeitos, entre outras determinações, de acordo com O Globo.
No caso dos que ficarão presos preventivamente, Moraes considerou que há evidências de "atos terroristas, associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado, ameaça, perseguição ou incitação ao crime", relata a mídia.
Registro da galeria de fotos de ex-presidentes vandalizada. Fotos foram retiradas da parede e lançadas no chão durante a invasão ao Palácio do Planalto. Brasília, 8 de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 11.01.2023
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Anderson Torres fica em silêncio em depoimento

Também hoje (18), estava marcada para às 10h30 a oitiva do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, delegado Anderson Torres, preso há cinco dias por suposta omissão ante os atentados do dia 8.
Entretanto, Torres ficou em silêncio e disse que não tinha declarações a dar aos investigadores, segundo o Estadão.
A expectativa era de que o ex-ministro explicasse a falha na segurança durante os atos e sobre um documento encontrado em sua casa que vem sendo chamado de "minuta do golpe". O texto fala em instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudar o resultado das eleições.
Ainda segundo a mídia, advogados do ex-ministro sugeriram à Polícia Federal que Torres preste depoimento na próxima segunda-feira (23). A data ficou pré-marcada, mas sob a condição de que defesa de Torres tenha acesso aos autos da investigação até a sexta-feira (20) desta semana.
O então ministro da Justiça, Anderson Torres, conversa com o então presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante evento. Brasília (DF), 14 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 18.01.2023
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Segundo pessoas próximas a Torres, o ex-secretário "está abatido" e não conseguiu superar o abatimento desde que foi informado sobre a ordem de prisão. Ontem (17), ele recebeu uma visita de uma psicóloga na unidade da Polícia Militar do DF em que está detido, relata O Globo.
Uma pessoa que falou com ele logo após o mandado de prisão afirma que o ex-ministro levantou questionamentos sucessivos, como "o que eu fiz para ser preso?" e, depois, "o que eu deixei de fazer?", diz a mídia.
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