Rússia define data para resgatar tripulantes presos na EEI e anuncia plano de emergência

A espaçonave Soyuz MS-23, que será lançada em modo não tripulado para a Estação Espacial Internacional (EEI) em 20 de fevereiro, atracará no dia 22 de fevereiro, informou a agência espacial russa Roscosmos.

Ao chegar à EEI, a Soyuz MS-23 completará parte de sua missão para resgatar os tripulantes russos e americanos, Sergei Prokopyev, Dmitry Petelin e Francisco Rubio, que estão presos estação após um incidente com um meteorito.

Segundo comunicado emitido neste sábado (14), a Roscosmos e seus parceiros na EEI tomaram medidas para garantir a segurança da tripulação em caso de emergência na estação orbital antes da chegada da nave substituta.

Neste caso, o astronauta americano Francisco Rubio retornará à Terra separadamente dos cosmonautas russos Sergei Prokopyev e Dmitry Petelin, disse o comunicado.

Com este cenário, os cosmonautas russos retornarão a bordo da espaçonave Soyuz MS-22, apesar do vazamento na espaçonave.

Sombra na superfície da Terra de eclipse solar anular vista a partir da Estação Espacial Internacional (EEI)

© Foto / NASA/Christopher Cassidy

A agência espacial russa diz que o pouso de dois cosmonautas, em vez de três, seria mais seguro, pois ajudaria a reduzir a temperatura e a umidade a bordo da Soyuz MS-22.

"Os sistemas da EEI e da Soyuz MS-22 estão funcionando normalmente, mas em caso de acidente antes da chegada da Soyuz MS-23, a tripulação precisará de uma evacuação de emergência para a Terra. Foi decidido mover temporariamente o assento de Francisco Rubio de Soyuz MS-22 para a Crew Dragon. Em caso de evacuação de emergência, Francisco Rubio retornará à Terra a bordo", completou Roscosmos.

Atualmente, há sete pessoas na estação espacial. Sem contar com a MS-22 danificada, resta apenas um veículo de resgate, com capacidade para transportar quatro pessoas, caso seja necessário efetuar uma retirada.

Uma avaliação inicial das causas do vazamento apontou possíveis rupturas causadas por pequenos meteoritos de origem natural, detritos artificiais em órbita ou danos materiais.

A Roscosmos descartou qualquer falha mecânica e confirmou que o problema foi devido ao impacto de um pequeno meteorito. Segundo a entidade russa, o golpe provocou um furo de "menos de um milímetro de diâmetro" em um tubo de refrigeração.