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Reduzir filas na saúde será uma das prioridades dos primeiros 100 dias de governo, diz ministra

© FolhapressNísia Trindade toma posse como ministra da Saúde, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Brasília, 2 de janeiro de 2023.
Nísia Trindade toma posse como ministra da Saúde, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. Brasília, 2 de janeiro de 2023. - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2023
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Em coletiva, a nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou ainda que o governo pretende retomar a ampla cobertura vacinal de adultos e crianças.
A nova ministra da Saúde, Nísia Trindade, concedeu entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (9), na qual listou as prioridades para o setor nos 100 primeiros dias de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na coletiva, ela destacou que uma das medidas será a redução de filas para exames e diagnósticos.

"Nesse momento, nós estamos dedicados à elaboração de um plano emergencial para redução de filas para diagnósticos, para cirurgias, como um dos pontos centrais de atuação. É importante lembrar que o Ministério da Saúde trabalha em uma lógica interfederativa. Então, nós vamos estar discutindo com o Conselho Nacional de secretários de estado de saúde e de secretários municipais de saúde, no dia 26 de janeiro, para a definição conjunta desse plano", disse a ministra.

A ministra acrescentou que a retomada da ampla cobertura vacinal também é uma preocupação do novo governo. Segundo a ministra, para isso, o governo pretende lançar, em fevereiro, uma campanha de vacinação, para estimular a imunização não apenas contra a COVID-19, mas contra uma gama de outras doenças. Ela afirmou que a vacinação infantil será um dos focos da campanha.
"Estamos falando não só de COVID, que vai passar a estar no calendário regular de campanhas de vacinação, mas nós temos a grande tarefa de recuperar as altas coberturas vacinais no Brasil, o foco de vacina na infância é muito importante também."
Nísia Trindade disse ainda que o governo está trabalhando para a retomada do programa Farmácia Popular, "discutindo, inclusive, a possibilidade de ampliação para alguns medicamentos" e que estão sendo traçadas ações para a saúde da população negra e indígena.
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"Estamos vivendo uma situação muito grave na região Yanomami, e ficamos hoje em reunião com o ministro da Casa Civil [Rui Costa], que alinha todas as ações e medidas de caráter prioritário. Estamos trabalhando nos próximos 15 dias para um diagnóstico preciso e recomendações que possam também ser discutidas em nível interministerial", disse a ministra.

Primeira mulher a comandar a pasta da Saúde, Nísia Trindade afirmou na coletiva que está na agenda do novo governo "aumentar a equidade de gênero" e disse esperar que sua chegada ao cargo de ministra da Saúde seja uma contribuição nessa pauta.
"Teremos no dia 11 de fevereiro o Dia das Mulheres e Meninas na Ciência e teremos o 8 de Março em breve [data que celebra o Dia da Mulher], quando o governo também vai se dedicar a propor agendas importantes para a saúde das mulheres. Que minha presença, de fato, seja uma contribuição para que a agenda de equidade de gênero na Saúde e em todo governo possa ser fortalecida."
Questionada se teme que a ascensão de um Congresso de perfil mais conservador nas últimas eleições possa afetar os planos do governo para a Saúde, Nísia Trindade descartou a possibilidade.

"Creio que o mais importante é termos um ambiente efetivamente democrático, acho isso foi uma coisa muito demarcada no dia de ontem, quando os governadores de estado e todos os [representantes] dos Poderes se reuniram com o presidente Lula", disse a ministra.

Ela acrescentou que tem uma história de relação positiva com o Legislativo, desde sua atuação como presidente da Fiocruz.

"Já tenho recebido vários parlamentares de partidos da base do governo e também da oposição, já começam a agendar encontro, e acho que isso fará parte da rotina do Ministério da Saúde e, certamente, de outros ministérios", disse a ministra

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