'Tomada do poder' só com nova eleição, diz Dino em meio à caravana bolsonarista a Brasília

O ministro da Justiça, Flávio Dino, vem subindo o tom contra o movimento de grupos bolsonaristas que seguem inconformados com o resultado das eleições do ano passado.

Neste domingo (8), em meio a informações sobre caravanas rumo a Brasília para protestar contra o governo, Dino usou as redes sociais para dizer que uma eventual "tomada do poder" só poderia ocorrer em 2026, após a próxima eleição presidencial.

Ontem conversei com governadores, inclusive que não são do nosso campo político. Queremos que a LEI prevaleça e não haja crimes. Estou em Brasília, espero que não ocorram atos violentos e que a polícia não precise atuar. “Tomada do Poder” pode ocorrer só em 2026, em nova eleição.

— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) January 8, 2023

No sábado (7), Dino passou o dia em contato com seu colega da Defesa, José Múcio, e com diretores da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O ministro afirmou que transmitiu "as orientações cabíveis" à PF e PRF sobre "uma suposta 'guerra' que impatriotas dizem querer fazer em Brasília", confirmando também conversas com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e com o ministro Múcio.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, relatórios de inteligência do governo indicam que 100 ônibus com 3.900 pessoas chegaram em Brasília para tentar retomar protestos de rua contra a eleição de Lula.

Os grupos foram convocados pelas redes sociais e planejam um ato na capital federal neste domingo. Por isso, a segurança em Brasília foi reforçada, principalmente após depredações como as que ocorreram no dia 12 de dezembro.

A convocação da caravana deixou o governo em alerta após um arrefecimento da mobilização bolsonarista. Desde a posse de Lula, o acampamento no Quartel General do Exército vinha se esvaziando. Segundo o Estadão, havia apenas 200 pessoas no local na última semana.