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Kiev estima custo de reconstrução da Ucrânia contando com ativos russos congelados pelo Ocidente

© SputnikUnidade de terapia intensiva do hospital central da cidade de Vasilievsk, região de Zaporozhie, após bombardeio das Forças Armadas da Ucrânia
Unidade de terapia intensiva do hospital central da cidade de Vasilievsk, região de Zaporozhie, após bombardeio das Forças Armadas da Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 04.01.2023
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Os números variam de US$ 700 bilhões (cerca de R$ 3,8 trilhões) a US$ 1 trilhão (aproximadamente R$ 5,4 trilhões), já que Kiev cobiça a utilização de ativos russos congelados em bancos ocidentais.
O primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmygal, disse na terça-feira (3) que "mais de US$ 700 bilhões" vão ser necessários para reparar os danos causados pelo conflito, o dobro da estimativa dada por Kiev em junho. O presidente Vladimir Zelensky estimou o valor em US$ 1 trilhão no final de dezembro.
"Juntamente com o Banco Mundial, planejamos realizar outra verificação das necessidades da Ucrânia para uma rápida recuperação", disse Shmygal na reunião do gabinete em Kiev, segundo a agência de notícias UNIAN. "Deixem-me lembrar-lhes de que tínhamos essa estimativa no início de junho. Então, o valor foi de US$ 350 bilhões [cerca de R$ 1,9 trilhão] em danos. Dados os últimos ataques à nossa infraestrutura, hoje esse valor chega a mais de US$ 700 bilhões", afirmou.
Enquanto isso, ele disse que Kiev pretende usar os US$ 426,6 milhões (mais de R$ 2,3 bilhões) já confiscados de bancos russos na reconstrução de residências destruídas nos combates. O dinheiro "já está na conta especial", disse Shmygal ao governo.
Este é um valor menor do que Zelensky citou em um comunicado no início de agosto, quando disse que Kiev havia apreendido "28 bilhões de hryvnias" (aproximadamente R$ 4,1 bilhões). A avaliação de danos de Shmygal também foi de cerca de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,6 trilhão) sob a reivindicação de trilhões de dólares de Zelensky — que foi feita na última sexta-feira (30), dia em que a União Europeia (UE) deu sua própria estimativa de € 600 bilhões (mais de R$ 3,4 trilhões).
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As reivindicações conflitantes vêm em meio a relatos da crescente disposição de alguns políticos da UE de entregar os ativos russos congelados a Kiev. Os EUA e seus aliados do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) apreenderam cerca de € 300 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) em reservas pertencentes ao Banco Central russo, bem como bilhões em ativos pertencentes a empresários russos na lista de indivíduos sancionados individualmente.
Bloomberg informou na terça-feira (3) que o governo alemão estava dividido sobre o assunto, mas estaria disposto a apoiar o confisco com a condição de que as questões legais fossem resolvidas e que outros países ocidentais fizessem o mesmo.
No mês passado, o líder ucraniano revelou que contratou a empresa de gestão de ativos norte-americana BlackRock para "aconselhar o governo ucraniano sobre como estruturar os fundos de reconstrução do país".
Zelensky também propôs um "plano de paz" com dez pontos, segundo o qual a Rússia pagaria reparações à Ucrânia por décadas e se submeteria a um tribunal de crimes de guerra. Moscou descartou a sugestão classificando-a como um "absurdo".
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