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Ao expandir infraestrutura militar, estará Japão passando à vanguarda do conflito entre EUA e China?

© AP Photo / Lee Jin-manO porta-aviões norte-americano USS Ronald Reagan é escoltado ao chegar a Busan, Coreia do Sul, em 23 de setembro de 2022. A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos de curto alcance em direção às águas do leste, 6 de outubro de 2022
O porta-aviões norte-americano USS Ronald Reagan é escoltado ao chegar a Busan, Coreia do Sul, em 23 de setembro de 2022. A Coreia do Norte lançou dois mísseis balísticos de curto alcance em direção às águas do leste, 6 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.12.2022
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Japão pretende modernizar os aeroportos nas ilhas de Yonaguni, Ishigaki e Miyako para operar aeronaves de combate F-35, tendo em vista uma possível crise militar em Taiwan, informou jornal Yomiuri citando fontes oficiais.
Sputnik falou com o especialista militar Aleksei Leonkov sobre as razões das "atividades defensivas" de Tóquio. De acordo com ele, Japão há muito tempo que busca mudar sua doutrina militar.
"O Japão não é membro da OTAN, mas planeja aumentar seus gastos com defesa para 2% do PIB, como a maioria dos Estados-membros deste bloco militar. Estes passos mostram que o Japão é cada vez mais arrastado para os planos da aliança dos EUA e OTAN na região da Ásia-Pacífico. Embora anteriormente Tóquio tentava se manter neutra. No entanto, os próprios programas de armamentos do Japão se deslocam com cada vez maior evidência em direção à sua rápida militarização", observou Leonkov.
Ele acrescentou que à população essas ações são explicadas com o fato de que o país está cercado por "inimigos" tais como China, Rússia e Coreia do Norte, portanto, do ponto de vista do governo, os gastos militares são justificados.
Desta forma, uma das etapas mais importantes da modernização é o aprofundamento e reconstrução do porto marítimo na ilha de Yonaguni, onde atualmente não podem atracar navios de guerra da Marinha japonesa e as grandes embarcações da Guarda Costeira.
O especialista enfatiza que é importante entender que não foi agora que o Japão começou a se armar ativamente, mas de forma praticamente simultânea com o surgimento da doutrina dos EUA sobre a mudança de equilíbrio de poder na região da Ásia-Pacífico.
"Já em 2018 o comando dos EUA no Indo-Pacífico anunciou seu projeto para modernizar as forças armadas na região Ásia-Pacífico, onde as forças de seus aliados regionais devem ser a vanguarda. Entre eles já na época eram designados o Japão, Coreia do Sul e Taiwan. Cada país tem um papel especial a desempenhar, incluindo a localização de suas forças armadas (ou de autodefesa) dentro da chamada zona antiacesso e negação de área (A2AD), que funciona como conceito de dissuasão", explicou Leonkov.
Corveta Sovershenny, fragata Marshal Shaposhnikov, navio antissubmarino Admiral Pantelev, cruzador de mísseis Varyag e navio de rastreamento Marshal Krylov na baía Zolotoy Rog, Vladivostok, Rússia, foto publicada em 18 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 19.12.2022
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Por sua vez a China, em resposta à doutrina dos EUA, também começou a criar "suas zonas", acreditando que a principal ameaça provém do oceano Pacífico.
"Enquanto o Japão, como aliado estratégico dos EUA na região da Ásia-Pacífico, obviamente estará na vanguarda. Especialmente porque a avaliação das capacidades dos próprios EUA na região asiática está em constante mudança. Analistas militares entendem que sem aliados regionais os americanos sozinhos dificilmente lidarão com a China ou Rússia. Por isso, os EUA têm planos para também atrair o apoio do Vietnã e da Índia", disse Leonkov.
Desta forma, devido aos planos dos EUA, o Japão está a caminho de militarizar o país.
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