- Sputnik Brasil, 1920
Panorama internacional
Notícias sobre eventos de todo o mundo. Siga informado sobre tudo o que se passa em diferentes regiões do planeta.

Temores sobre suposta ameaça russa aumentam 'capacidade dos EUA para produzir armas', diz mídia

© AFP 2023 / FREDERICK FLORINModelos de mísseis antirradiação da norte-americana Raytheon em exibição no 44º show aéreo Paris-Le Bourget, 17 de junho de 2001
Modelos de mísseis antirradiação da norte-americana Raytheon em exibição no 44º show aéreo Paris-Le Bourget, 17 de junho de 2001 - Sputnik Brasil, 1920, 18.12.2022
Nos siga no
O Senado dos EUA aprovou um projeto de lei de Autorização de Defesa Nacional na última quinta-feira (15), concedendo um recorde de US$ 858 bilhões em gastos militares do país em 2023. O documento agora segue para assinatura do presidente Joe Biden.
A expectativa é que os crescentes gastos militares de Washington criem um novo "boom" para os fabricantes de armas dos EUA, informou um jornal norte-americano.
O meio de comunicação argumentou que a combinação do conflito na Ucrânia "e a preocupação com ameaças de longo prazo [supostamente emanadas] da Rússia e da China estão impulsionando um esforço bipartite para aumentar a capacidade dos EUA de produzir armas".
O jornal lembrou que, no início desta semana, o Senado dos EUA aprovou um orçamento militar nacional para o atual ano fiscal, que é de cerca de US$ 858 bilhões (cerca de R$ 4,5 trilhões), US$ 45 bilhões (aproximadamente R$ 239,1 bilhões) acima da quantia solicitada pelo presidente Joe Biden.
A general norte-americana Laura Richardson, chefe do Comando Sul do Exército dos EUA, fala diante de um comitê Senado, em Washington, 24 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 15.12.2022
Panorama internacional
Senado dos EUA aprova projeto de lei de gastos de defesa de US$ 850 bilhões

O jornal citou uma análise do Centro de Avaliações Estratégicas e Orçamentárias, um think tank que pontuou que "neste nível, o orçamento do Pentágono terá crescido 4,3% ao ano nos últimos dois anos — mesmo após a inflação — em comparação com uma média de menos de 1% ao ano em dólares reais entre 2015 e 2021."

A agência também citou o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, dizendo que o conflito na Ucrânia expôs deficiências no complexo militar-industrial do país que devem ser abordadas para garantir que os EUA sejam "capazes de apoiar a Ucrânia e lidar com contingências em qualquer parte do mundo."
A Lockheed Martin, maior empreiteira militar dos EUA, que reservou mais de US$ 950 milhões (cerca de R$ 5 bilhões) em seus próprios pedidos militares de mísseis do Pentágono, já está capitalizando esse movimento. Outra empreiteira de defesa dos EUA, a Raytheon Technologies Corporation, recebeu mais de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 10,6 bilhões) em contratos "para fornecer sistemas de mísseis para expandir ou reabastecer armas usadas para ajudar a Ucrânia", de acordo com a mídia.
Ainda de acordo com o jornal, os gastos militares dos EUA no próximo ano "estão a caminho de atingir seu nível mais alto em termos ajustados pela inflação desde os picos das guerras do Iraque e do Afeganistão entre 2008 e 2011, e o segundo mais alto em termos ajustados pela inflação desde a Segunda Guerra Mundial — um nível que é mais do que os orçamentos para as próximas dez maiores agências ministeriais combinadas."
Prédio do Pentágono, em Washington, capital dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2022
Panorama internacional
Congresso dos EUA propõe aumento anual de 8% nos gastos militares
O relatório da agência vem depois que republicanos seniores que supervisionam as relações exteriores exigiram informações detalhadas do Gabinete de Auditoria do Governo (GAO, na sigla em inglês) na semana passada sobre a assistência militar de Washington a Kiev.
Em uma carta ao GAO, o líder do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, o republicano Michael McCaul, e o senador Jim Risch, membro do painel de Relações Exteriores do Senado, escreveram que desejam informações sobre como o governo dos EUA está monitorando quase US$ 14,9 bilhões (cerca de R$ 79,1 bilhões) em fundos que foram alocados para a Ucrânia e desembolsados através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) e do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Desde o início do ano, os EUA e seus aliados entregaram mais de US$ 40 bilhões (cerca de R$ 212,5 bilhões) em assistência militar a Kiev. Moscou alertou repetidamente contra o fornecimento de armas a Kiev, algo que o Kremlin diz contribuir apenas para aumentar ainda mais o conflito na Ucrânia.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала