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Ameaça de sargento da Marinha a Lula impulsiona movimento para retirar militares do GSI, diz mídia

CC BY 2.0 / Anderson Riedel / Palácio do Planalto / 3º Sargento, Renan Péricles Bezerra da Silva, aluno melhor classificado na Escola de Sargentos de Armas (ESA), de Três Corações, para a cerimônia de celebração do 74° aniversário de criação da Brigada de Infantaria Paraquedista (foto de arquivo)
3º Sargento, Renan Péricles Bezerra da Silva, aluno melhor classificado na Escola de Sargentos de Armas (ESA), de Três Corações, para a cerimônia de celebração do 74° aniversário de criação da Brigada de Infantaria Paraquedista (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 03.12.2022
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Grupo de transição do presidente eleito vem debatendo a desmilitarização do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Cabe ao GSI fazer a segurança pessoal do presidente da República, do vice e seus familiares, além de coordenar atividades de inteligência federal.
Atualmente, o GSI está sob o comando do general Augusto Heleno, nome da extrema confiança do presidente Jair Bolsonaro, e mantém sob seu guarda-chuva a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Entretanto, a equipe de transição do petista quer nomear um civil para chefiar o órgão, relata o jornal O Globo.
Segundo a mídia, o debate sobre a desmilitarização ganhou força após a divulgação do vídeo em que um sargento da Marinha lotado no órgão, Ronaldo Travassos, afirmou que Lula não assumirá a presidência no mês que vem. Na avaliação de integrantes da transição, o episódio torna a discussão em torno de tema indispensável.
Porém, o general Marco Edson Gonçalves Dias, da equipe que faz a segurança do petista, é um dos que se posicionam contra a mudança. Em sua visão, a interlocutores, ele argumenta que a natureza da atividade do órgão justifica a presença de militares em sua estrutura e relembra que Lula manteve 800 fardados no GSI durante os seus dois primeiros mandatos.
Entretanto, há correntes do PT que defendem até mesmo a extinção do GSI, que tem status de ministério no atual desenho do governo. Outra ala vê a necessidades de remoção dos militares de funções que necessitam atuar dentro do Palácio do Planalto, relata a mídia.
O presidente Bolsonaro e militares chegam à Cerimônia de Entrega de Espadas aos Aspirantes a Oficial da Turma Bicentenário da Independência do Brasil, 26 de novembro de 2022  - Sputnik Brasil, 1920, 29.11.2022
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Mídia: Lula acelera transição na Defesa para driblar notória rejeição de chefes das Forças Armadas
Auxiliares próximos a Lula já se preparam para substituir o maior número possível de cargos que hoje dão as cartas no GSI. O entendimento é que os principais nomes da atual formação não podem participar da transição, atuar durante a posse, tampouco ao longo do futuro governo.
Após o episódio envolvendo o militar da Marinha lotado no órgão, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), cotado para ministro da Justiça e Segurança Pública, foi direto nas críticas a Heleno.

"Não é possível um militar da ativa ter qualquer envolvimento político, ainda mais cometendo crime contra o Estado democrático de Direito. Essa conduta se coaduna com a do comandante do GSI [general Heleno], que não se notabiliza nem pela boa educação nem pela fidelidade aos princípios da democracia", afirmou Dino citado pelo jornal.

Em nota divulgada à imprensa, o GSI afirmou não ter responsabilidade por declarações de servidores.
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