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Alunos de USP e Unifesp denunciam pichações nazistas

© Folhapress / Bruno Rocha/Agência EnquadrarFachada externa da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que fica no Largo São Francisco, no Centro da capital paulista, com cartazes em defesa da democracia e do Estado de direito, em 28 de julho de 2022
Fachada externa da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que fica no Largo São Francisco, no Centro da capital paulista, com cartazes em defesa da democracia e do Estado de direito, em 28 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.12.2022
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Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) denunciaram nos últimos dias a presença de pichações nazistas em prédios das instituições.
Conforme informou o Estado de S. Paulo, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP recebeu denúncia na última segunda-feira (28) de que oito símbolos nazistas foram desenhados no espaço de vivência estudantil do DCE, no campus Butantã, na zona oeste de São Paulo. Em seguida, o mesmo ocorreu na Faculdade de Direito da USP.
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Beatriz Calderon, diretora do DCE Livre da USP e do Coletivo Juntos, afirmou que a pichação é um ataque preocupante.
"Foi um ataque bem sério. Nós usamos muito a marca antifascista, desde que fomos eleitos. Ela está na nossa bandeira, pois a gente acredita que a universidade é e precisa seguir sempre sendo um território antifascista. Não existe espaço para esse tipo de pensamento dentro da universidade", disse a representante estudantil.
"Estamos agora aguardando nosso setor jurídico para fazer um boletim de ocorrência. Para verificar qual a melhor maneira de atuar. Também vamos organizar uma campanha antifascista na universidade. Estamos montando um dossiê que documenta esse e outros casos, não com esse teor, mas situações graves também", completou.
Em nota, a USP diz que está apurando o caso e que não admite apologia ao nazismo em suas dependências.

"A USP não admite qualquer forma de apologia ao nazismo e ao preconceito racial em suas dependências. O centro de vivência é um espaço administrado pelos alunos, onde são realizadas atividades promovidas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), que, como toda a USP, é vítima dessa agressão inominável. Ontem, dia 29/11, por volta das 18h, a Guarda Universitária esteve no local, identificou as suásticas e solicitou aos responsáveis pelo DCE que as pichações fossem apagadas imediatamente. A Universidade apura, em conjunto ao DCE, a identificação do autor ou autores das pichações."

Segundo noticiou o G1, na Unifesp, uma pichação com uma suástica foi encontrada em um banheiro masculino do campus de Guarulhos atrelada à frase "Maurício CPF cancelado". O estudante alvo do ataque, Maurício Monteiro, do curso de história, acionou a diretoria da universidade e abriu um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
"Sendo essa uma ameaça à minha integridade física dentro e fora do campus. Visto que sou um estudante negro, da periferia, LGBTQIAP+, com um compromisso e ativismo da causa negra", apontou o estudante.

Em nota, a Unifesp afirmou que "a instituição, por meio da direção do campus Guarulhos, após ser informada a respeito de ameaças vinculadas à suástica, símbolo nazista, inscritas nas paredes de um de nossos espaços, está tomando as medidas cabíveis, como o lavramento de Boletim de Ocorrência junto à Polícia Federal, e se colocando à disposição das autoridades para contribuir com o objetivo de esclarecer a autoria".

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