Vaticano expressa 'surpresa e pesar' após acusar China de violar pacto de bispos

Encaminhamento de bispo para diocese não reconhecida pelo Vaticano foi considerado uma das maiores violações no pacto assinado em 2018 entre o gigante asiático e a sede da Igreja Católica.

Neste sábado (22), o Vaticano acusou a China de violar um pacto bilateral sobre a nomeação de bispos ao instalar um bispo em uma diocese não reconhecida pela Santa Sé.

Em um comunicado publicado hoje (26) e divulgado pela Reuters, a instituição religiosa expressou "surpresa e pesar" após o bispo de outra cidade ser nomeado bispo auxiliar em Jiangxi.

Segundo a nota, Jiangxi não é reconhecida como diocese pelo Vaticano, o qual acrecentou que a nomeação não "se encaixa no espírito de diálogo" com o qual ambos os lados concordaram em 2018.

Sem dar mais detalhes, o comunicado afirma que o encaminhamento do novo membro seguiu "forte pressão das autoridades locais". O Vaticano declarou que espera uma explicação das autoridades chinesas e que a expectativa é de que "episódios semelhantes não se repitam".

A instalação não autorizada parece ser uma das violações mais graves de um acordo de 2018 entre o Vaticano e Pequim sobre a nomeação de bispos.

Em outubro, os dois lados renovaram por mais dois anos o pacto sobre a nomeação de bispos que causa polêmica entre os próprios membros da igreja desde que foi implementado há quatro anos atrás, conforme noticiado.