China expressa oposição às restrições comerciais do Canadá

Pequim mostrou desagrado ante a restrição de Ottawa à participação de empresas chinesas em companhias canadenses, que afirma ter sido uma decisão politizada.

O Ministério do Comércio da China manifestou um protesto ao Canadá por Ottawa ter ordenado a saída do capital chinês de três empresas mineiras do setor canadense de lítio e outros metais críticos.

"A China se opõe fortemente às ações do Canadá que, sob o pretexto de proteger a segurança nacional, perturba e bloqueia a cooperação normal entre empresas chinesas e canadenses", disse o órgão governamental chinês.

O ministério instou Ottawa a parar de politizar as questões econômicas e comerciais, e a garantir um ambiente justo e equitativo, sem discriminação, para todos os investidores, incluindo os da China. Pequim tomará as medidas apropriadas para defender os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas, advertiu.

Na quarta-feira (2) o governo do Canadá ordenou às empresas Sinomine (de Hong Kong), Rare Metals Resources, Chengze Lithium International e Zangge Mining Investment que abandonassem suas participações nas empresas canadenses Power Metals, Lithium Chile e Ultra Lithium. A primeira está explorando lítio, césio e tântalo no norte de Ontário, Canadá, enquanto as outras duas estão desenvolvendo projetos de lítio no Chile e na Argentina.

François-Philippe Champagne, ministro da Inovação canadense que deu a ordem, disse que o país saúda os investimentos estrangeiros diretos, mas agirá de forma resoluta quando isso ameaçar a segurança nacional e as cadeias de fornecimento de minerais críticos no país e no exterior.