Cientistas teorizam como alienígenas poderiam descobrir a existência da vida na Terra

Um estudo realizado por uma equipe suíça determinou que há muitas variáveis que poderiam impedir os extraterrestres de detectar vida na Terra.

Uma civilização extraterrestre poderia observar nosso planeta e tentar descobrir se tem vida, mas teria algumas dificuldades em fazê-lo, concluíram cientistas do Departamento de Física do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, Suíça.

Após estudarem o espectro de emissão infravermelha e o efeito que diferentes locais de observação teriam sobre o conhecimento da Terra, Jean-Noel Mettler, estudante de doutorado do Departamento de Física, e sua equipe, acreditam que isso dependeria da estação do ano que os alienígenas hipotéticos escolheriam para fazer suas observações.

Os pesquisadores analisaram os polos Norte e Sul, áreas no equador africano e no equador do Pacífico. Cada ponto de observação forneceu resultados diferentes.

"Descobrimos que existe uma variabilidade sazonal significativa no espectro de emissão térmica da Terra, e que a força das características espectrais dos bioindicadores, tais como N2O, CH4, O3 e CO2 [óxido nitroso, metano, ozônio e dióxido de carbono, respetivamente], depende fortemente tanto da estação quanto da geometria de observação", explica o estudo publicado no portal de pré-impressão arXiv.

Além das mudanças sazonais que afetam a observação, ela também depende dos locais de observação, pois foi detectado que a variabilidade nas leituras parece ser maior acima das massas de terra do que acima dos oceanos.

"Usando a Terra como nosso local de ensaio, aprendemos que um planeta e suas características não podem ser descritos por um único espectro de emissões térmicas, sendo necessárias medições ao longo do tempo, de preferência tanto em luz refletida quanto em emissão térmica."

"É necessário trabalhos futuros para investigar como a camada das nuvens, a sazonalidade das nuvens e suas propriedades de fase termodinâmica afetam a detecção e o resultado da sazonalidade atmosférica", sugere a pesquisa.