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'Escalada de tensões não interessa a ninguém': Índia se recusa a alinhar com Ocidente contra Rússia

© Foto / Twitter/ @IndiaUNNewYorkEmbaixadora da Índia na ONU, Ruchira Kamboj, fala na reunião do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) sobre terrorismo
Embaixadora da Índia na ONU, Ruchira Kamboj, fala na reunião do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) sobre terrorismo - Sputnik Brasil, 1920, 01.10.2022
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De 23 a 27 de setembro, as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) e as regiões de Zaporozhie e Kherson realizaram referendos de adesão à Rússia. Na sexta-feira (30), o presidente russo, Vladimir Putin, expressou seu total apoio à incorporação dos quatro territórios à Rússia e assinou um decreto nesse sentido.
A Índia se absteve de votar um projeto de resolução apresentado pelos EUA e Albânia no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) condenando a adesão de RPD, RPL, Kherson e Zaporozhie à Rússia, dizendo que "a escalada de tensões não interessa a ninguém".
China, Brasil e Gabão foram outros países que se abstiveram de votar sobre a resolução apresentada na sexta-feira.
A resolução não foi aprovada, apesar de 10 das 15 nações terem votado a favor, já que a Rússia usou seu poder de veto para bloqueá-la. No entanto, de acordo com relatos da mídia, uma resolução semelhante provavelmente vai ser apresentada na Assembleia Geral da ONU em um futuro próximo e a Rússia não tem poder de veto lá.
Dirigindo-se ao conselho após a votação, a representante permanente da Índia na ONU, embaixadora Ruchira Kamboj, disse que a Índia está profundamente perturbada com os recentes desenvolvimentos na Ucrânia e que Nova Deli sempre sustentou que nenhuma solução pode ser alcançada à custa de vidas humanas.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) - Sputnik Brasil, 1920, 30.09.2022
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Enfatizando que a posição da Índia tem sido clara e consistente desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, Kamboj disse que "a ordem global está ancorada nos princípios da Carta da ONU, no direito internacional e no respeito pela soberania e integridade territorial de todos os Estados".
"A escalada da retórica ou das tensões não é do interesse de ninguém. É importante que se encontre um caminho para um retorno à mesa de negociações. Tendo em vista a totalidade da situação em evolução, a Índia decidiu se abster nesta resolução", concluiu.
Falando antes da votação, o representante permanente da Rússia, Vasily Nebenzya, disse que os resultados do referendo falam por si e que os moradores dessas regiões não querem retornar à Ucrânia.
"Eles fizeram uma escolha informada e livre em favor de nosso país. Os referendos foram realizados em plena conformidade com as normas e princípios do direito internacional", disse ele, acrescentando que mais de 100 observadores internacionais da Itália, Alemanha, Venezuela, Letônia e outros Estados, que monitoraram a votação, também reconheceram que os resultados eram legítimos.
Esta não é a primeira vez que a Índia se abstém de votar no CSNU. Ela também se absteve outras duas vezes no CSNU e uma vez na Assembleia Geral sobre resoluções relacionadas à operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
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