Inteligência dos EUA e de países aliados reforça vigilância de armas nucleares da Rússia, diz jornal

Serviços de inteligência dos EUA e países aliados estão intensificando o monitoramento das armas nucleares da Rússia, escreve a edição Politico citando antigos e atuais representantes do governo dos Estados Unidos.

"Estamos prestando ainda mais atenção a isso", disse ao jornal uma das fontes com acesso a informações de inteligência relativamente às capacidades nucleares da Rússia.

Segundo a fonte, os EUA e seus aliados intensificaram os esforços para coletar dados por meio de reconhecimento aéreo, espacial e condução de operações no ciberespaço.

O Politico sugere que a inteligência ocidental está tentando avaliar se a Rússia pode usar armas nucleares na Ucrânia.

Comentando essa possibilidade, um representante oficial do Comando Estratégico das Forças Armadas dos EUA disse ao jornal que a entidade que ele representa está "sempre vigilante e pronta para responder, se necessário".

Durante o seu discurso na passada quarta-feira (21), o presidente russo Vladimir Putin observou que Washington, Londres e Bruxelas estão abertamente encorajando Kiev a mover as hostilidades para o território russo e até mesmo a recorrer à chantagem nuclear.

Putin disse que considera "as declarações de alguns representantes de alto nível dos principais países da OTAN sobre a possibilidade e admissibilidade de usar contra a Rússia armas de destruição em massa – armas nucleares" como chantagem nuclear.

O presidente destacou que a Rússia protegerá a sua integridade territorial e soberania "por meio de todos os sistemas que temos disponíveis", acrescentando que Moscou possui diferentes tipos de armas, algumas das quais são mais avançadas do que as armas da OTAN.