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EUA são 'principais criminosos e violadores' da Carta da ONU, constata advogado internacional

© AP Photo / Florian SchroetterAs bandeiras dos estados da ONU, dentre elas, a do Brasil, tremulam em frente ao prédio do Centro Internacional com sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria, 24 de maio de 2021
As bandeiras dos estados da ONU, dentre elas, a do Brasil, tremulam em frente ao prédio do Centro Internacional com sede da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em Viena, Áustria, 24 de maio de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 22.09.2022
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Durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, Joe Biden acusou a Rússia de violar a Carta da organização ao lançar uma operação militar especial na Ucrânia e chamou os próximos referendos para adesão à Rússia nas regiões de Donbass, Kherson e Zaporozhie de uma "farsa".
O presidente dos EUA "suprimiu completamente" o papel de Washington no atear das chamas do conflito na Ucrânia, ignorando o fato de que seu governo ajudou a organizar um golpe na Ucrânia em 2014, argumentou Christopher C. Black, advogado criminal internacional com 20 anos de experiência em crimes de guerra e relações internacionais e comentarista sobre assuntos internacionais, em entrevista à Sputnik. Segundo Black, os EUA são "os principais criminosos e violadores do direito internacional" e não "se importam com a soberania de ninguém".
Joe Biden dedicou a primeira parte de seu discurso na AGNU à Ucrânia. Porém, Black afirma que em seu discurso o presidente americano não falou a verdade e afirma que "ele [Joe Biden] colocou toda a culpa na Rússia e ignorou totalmente o fato de que a Rússia teve que agir para impedir uma invasão das forças ucranianas em fevereiro-março", acrescentando que "os americanos e a OTAN derrubaram o governo eleito na Ucrânia em 2014 e têm promovido a guerra lá desde então. Isso foi tudo suprimido [em seu discurso]".

Biden disse que a Rússia "violou descaradamente" a Carta das Nações Unidas. Mas, de acordo com Black, "este é outro conjunto de mentiras surpreendentes do presidente dos Estados Unidos, o que não é incomum para eles [os americanos] nestes discursos".

"Os Estados Unidos são os principais criminosos e violadores do direito internacional. Eles invadiram, atacaram a Iugoslávia por três meses em 1999. Eles ameaçaram acabar com Belgrado e matar 500.000 pessoas a menos que o presidente [Slobodan] Milosevic se rendesse."
Vice-presidente do Conselho de Segurança russo Dmitry Medvedev - Sputnik Brasil, 1920, 22.09.2022
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“Eles invadiram o Afeganistão, Iraque, logo depois disso, mataram centenas de milhares de pessoas, destruíram esses países. Eles atacaram a Líbia e destruíram isso, assassinaram [Muammar] Kadhafi. Eles enforcaram Saddam Hussein. Eles não respeitariam a soberania de ninguém. Eles continuaram se referindo à soberania, mas não se importam com a soberania de ninguém", afirma o pesquisador em entrevista.
Para Christopher "é estranho que Biden tenha dito que o mundo deveria ter a chance de se desenvolver e, no entanto, qualquer país que se desenvolva, eles [EUA] atacam".
Outro ponto discutido foi o problema dos grãos, no qual o presidente dos EUA acusa a Rússia. Porém, Christopher Black afirma que a declaração do presidente norte-americano não passa de "um golpe de relações públicas, porque [para ele] é bastante claro que a Rússia fez de tudo junto com a Turquia para tentar ajudar os exportadores de grãos a tirar os grãos da Ucrânia. Houve todos os tipos de truques para bloquear ou redirecionar os embarques de grãos aos países do terceiro mundo, os chamados países do Sul, para a Europa e assim por diante. Mesmo no Canadá, os agricultores estão reclamando ao governo que não podem obter fertilizante porque a maior parte vem da Rússia, o que me surpreendeu".
Além de Biden, havia numerosos líderes na Assembleia Geral da ONU de hoje que mencionaram problemas como segurança internacional, segurança alimentar, saúde e meio ambiente. Porém, Black afirma que a mídia mundial deu ênfase e destaque apenas às declarações do presidente americano.
"As declarações de outros líderes mundiais serão suprimidas e as de Biden serão promovidas como outro exemplo da chamada democracia americana, que não existe mais nos Estados Unidos", afirma o pesquisador.
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