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Mídia: declarações dos EUA sobre dissuasão nuclear podem estimular a China a investir no seu arsenal

© AP Photo / Charlie RiedelCabeça de um míssil com ogiva nuclear.
Cabeça de um míssil com ogiva nuclear. - Sputnik Brasil, 1920, 18.09.2022
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Os especialistas citados pelo jornal South China Morning Post veem Pequim respondendo aos comentários de Washington sobre dissuasão da China com mais investimento nas ogivas nucleares ou em tecnologia balística lançada no espaço.
As declarações de um alto general dos EUA de que o arsenal nuclear do país pode ajudar a deter um ataque a Taiwan podem estimular a China a reforçar seu próprio estoque, opinaram especialistas militares citados no sábado (17) pelo jornal chinês South China Morning Post.
Anthony Cotton, general da Força Aérea dos EUA, afirmou que até 2018 a China requeria "dissuasão mínima".
"Temos visto a incrível expansão do que eles estão fazendo com a sua força nuclear – o que, na minha opinião, não reflete uma dissuasão mínima. Eles têm agora uma tríade autêntica", explicou ele, em referência às forças com capacidade nuclear que operam em terra, no ar e no mar. Segundo ele, se Pequim não tiver confiança de que pode atravessar o estreito de Taiwan e souber das capacidades nucleares dos EUA, a liderança chinesa não deve avançar com a ação.
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Para Song Zhongping, um ex-instrutor do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, "é previsível" que os EUA tentem usar "as bombas nucleares de baixo rendimento, ou estratégicas, quando decidirem intervir em uma possível contingência com Taiwan", disse Song.
"Os americanos podem usar essas bombas nucleares estratégicas para atacar as principais bases e instalações militares da China, só por causa da política de não uso primeiro de Pequim", teorizou ele, e a qual só permite a utilização em retaliação.
Isso, apontou, levará o ELP a "aumentar moderadamente o número de suas ogivas nucleares", em preparação para tal cenário.
Enquanto isso, Zhou Chenming, pesquisador do grupo de pesquisa de ciência e tecnologia militar Yuan Wang em Pequim, previu que a China dificilmente investiria substancialmente no aumento de ogivas nucleares, citando o custo de manutenção das ogivas e seus prazos de expiração, e que gastaria mais para melhorar sua tecnologia de mísseis antibalísticos para contra-ataques no espaço.
"Por exemplo, aplicar uma transferência orbital no espaço exterior a mísseis balísticos os torna mais difíceis de interceptar", disse ele.
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