DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
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Revelado final brutal de cadáveres mumificados encontrados no Chile e no Peru (FOTOS)

Múmias de Delémont - Sputnik Brasil, 1920, 12.09.2022
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Arqueólogos encontraram nos dois países sul-americanos indícios de tratamento violento de três pessoas cujos restos centenários foram desenterrados.
Uma equipe internacional de pesquisadores revelou através de tomografia computadorizada tridimensional o destino de três múmias sul-americanas pré-colombianas.
O estudo publicado na revista Frontiers in Medicine usou raios X para observar o estado interno dos restos mortais sem ter que abri-los, e revelou que duas dessas três pessoas foram brutalmente assassinadas. Os patologistas identificaram sinais de "violência interpessoal" nos cadáveres.
Os corpos mumificados surgem naturalmente em ambientes secos, quando o líquido é absorvido no ambiente em torno de um corpo mais rapidamente do que a taxa de decomposição. Estas condições são comuns no sul da América do Sul.
"Os tipos de trauma que encontramos não teriam sido detectáveis se esses restos humanos tivessem sido simples esqueletos", disse Andreas Nerlich, professor do Departamento de Patologia da Clínica Bogenhausen em Munique, Alemanha, citado na sexta-feira (9) pelo portal EurekAlert.
A múmia masculina da Universidade Philipps em Marburg, Alemanha, pertenceu originalmente à cultura Arica, no que hoje é o norte do Chile. O homem de idade entre 20 e 25 anos provavelmente viveu em uma comunidade de pescadores, e teria mostrado sinais de tuberculose grave dos pulmões. A datação por radiocarbono sugere que ele morreu entre 996 e 1147. A múmia pode ter morrido devido a um forte golpe na cabeça e uma facada nas costas, que pode ter vindo de um ou dois atacantes.
Duas múmias de Delémont - Sputnik Brasil, 1920, 12.09.2022
Duas múmias de Delémont
As duas outras múmias sob investigação são um homem e uma mulher do Museu de Arte e História de Delémont, Suíça, provavelmente da região de Arequipa, no sudoeste do Peru moderno. De acordo com a pesquisa, o homem morreu entre 902 e 994, e a mulher entre 1224 e 1282.
A múmia do homem mostra "trauma maciço na coluna cervical como a causa mais provável de morte", sendo por isso provavelmente um duro golpe na parte de trás do pescoço, o que causou seu falecimento. Enquanto isso, a múmia feminina também sofreu danos no esqueleto, mas isso ocorreu após a morte, provavelmente durante o enterro, acreditam os pesquisadores.
Embora os restos mumificados sejam menores em quantidade que os esqueletos, ainda há muitos que foram recuperados e preservados em museus que podem receber o mesmo tratamento.
"Importantemente, o estudo de material humano mumificado pode revelar uma taxa de trauma muito maior, especialmente trauma intencional, do que o estudo de esqueletos", explicou Nerlich.
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