Tropas ucranianas bombardeiam Energodar, dizem autoridades regionais de Zaporozhie

Nesta sexta-feira (2), tropas ucranianas bombardearam a cidade de Energodar, localizada a menos de dois quilômetros da usina nuclear de Zaporozhie, segundo afirmou Vladimir Rogov, membro do conselho principal da administração civil-militar regional.

Conforme a declaração, inicialmente pelo menos cinco explosões foram ouvidas na região entre 1h45 e 1h50 da manhã no horário local (entre 19h45 e 19h50 no horário de Brasília), próximo da usina nuclear de Zaporozhie. Mais tarde, Rogov afirmou que o número de explosões ouvidas foi de cerca de duas dúzias. O representante utilizou suas redes sociais para divulgar o ocorrido.

Rogov acrescentou que as tropas ucranianas abriram fogo utilizando um lançador de foguetes múltiplo, provavelmente um dos Himars fornecidos pelos EUA. Segundo detalhou Rogov, o bombardeio visava a cidade de Nova Kakhovka.

Anteriormente, Rogov afirmou em suas redes sociais que a usina nuclear de Zaporizhie havia sido bombardeada por tropas ucranianas e que uma linha de energia foi danificada. O representante local também afirmou à Sputnik que a usina continuou operando normalmente, acrescentando que não houve danos críticos às instalações e que os níveis de radiação estavam normais.

Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), durante visita à usina nuclear de Zaporozhie, perto de Energodar, na Ucrânia, em 1º de setembro de 2022

© Sputnik / Konstantin Mikhalchevsky

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, 60 paraquedistas ucranianos tentaram tomar a usina nuclear na quinta-feira (1º), antes da visita da missão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), chefiada por Rafael Grossi, diretor-geral da organização. A maioria dos soldados ucranianos que chegaram ao local foram neutralizados.

Na mesma data, as tropas ucranianas bombardearam Energodar enquanto a delegação da AIEA ainda estava na cidade, de acordo com Aleksandr Volga, chefe da administração da cidade. Os moradores locais apresentaram suas queixas à missão da AIEA, dizendo que a região era rotineiramente bombardeada por tropas ucranianas, pedindo a Grossi que transmitisse essas preocupações à comunidade internacional.

Grossi deve apresentar um relatório ao conselho da agência sobre a situação na central nuclear de Zaporozhie no início da próxima semana.