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O que está por trás das tatuagens neonazistas do homem que tentou assassinar Cristina Kirchner

© AP Photo / Natacha PisarenkoVice-presidente Cristina Fernández de Kirchner participa da sessão de abertura do Congresso, em 1º de março de 2021
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O homem que tentou assassinar a vice-presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, tinha tatuagens de sol negro e suástica, elementos típicos do nazismo. O especialista Jorge Elbaum lembrou à Sputnik que os símbolos são usados ​​atualmente por neonazistas ucranianos e alertou que grupos nazistas "existem na América Latina".
O ataque contra a vice-presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, chamou a atenção para o agressor, um brasileiro de 35 anos radicado na Argentina chamado Fernando Andrés Sabag Montiel.
A mídia argentina foi atrás do passado violento do jovem e algumas aparições fugazes na televisão, que o mostram como um crítico ferrenho do governo de Kirchner e do que a oposição desdenhosamente chama de "planos sociais".
Outro detalhe não passou despercebido: fotos do homem detido mostram que ele tem tatuagens com símbolos nazis. A suástica e o sol negro estão tatuados em suas mãos.
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Consultado pela Sputnik, o sociólogo argentino Jorge Elbaum explicou que o agressor "porta dois sinais que vimos nos últimos meses, especialmente em tatuagens militares ucranianas".
Elbaum destacou que o "sol negro" — "Schwarze Sonne", em alemão — é um símbolo instituído por Heinrich Himmler, chefe da SS, a polícia nazista, durante a Segunda Guerra Mundial. Na mão direita ele usa a suástica, outro símbolo típico do nazismo e neonazismo.
O facínora que tentou assassinar Cristina Fernández de Kirchner, Fernando Montiel, tem 35 anos e tem um "sol negro" tatuado no cotovelo, simbologia estabelecida durante o Terceiro Reich pelo chefe da SS, Heinrich Himmler.
O especialista argentino observou que ambos os símbolos não são apenas típicos da ideologia fundada por Adolf Hitler, mas são usados ​​atualmente por suas "versões neonazistas ucranianas". De fato, o sol negro que Montiel tatuou pode ser visto na bandeira do Batalhão Azov, acusado de cometer crimes de ódio contra falantes de russo em Donbass.
Elbaum apontou que "os mesmos grupos que mataram 15 mil falantes de russo em Donbass em 2014 são admiradores de toda essa tradição genocida que custou a vida de 28 milhões de soviéticos na época".
Nesse sentido, salientou que "os ucronazis são admiradores dessa simbologia e têm perseguido e tentado fazer uma limpeza étnica dessa comunidade linguística que também existe na Ucrânia".
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O especialista destacou que não se deve perder de vista o fato de que esses grupos neonazistas e grupos diretamente nazistas "existem na América Latina" e que costumam estar "ligados à tradição atlanticista da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]".
"É por isso que aprendemos que muitos latino-americanos se ofereceram para lutar ao lado dos nazistas ucranianos de 2014 até aqui", acrescentou.
Nesse contexto, Elbaum considerou que "os símbolos tatuados no corpo de Montiel não devem nos surpreender", ao contrário, "fazem parte de uma lógica de ódio que, na Argentina, tem o kirchnerismo e sua chefe, Cristina Fernández de Kirchner, como o destinatário do ódio".
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