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Mídia: se Reino Unido mudar de posição sobre Ucrânia, consenso da Europa será destruído

© Sputnik / Anton Denisov / Acessar o banco de imagensBandeiras a meio-mastro na Embaixada do Reino Unido em Moscou por ocasião da morte do esposo da rainha britânica Elisabeth II – Philip, duque de Edimburgo, 9 de abril de 2021
Bandeiras a meio-mastro na Embaixada do Reino Unido em Moscou por ocasião da morte do esposo da rainha britânica Elisabeth II – Philip, duque de Edimburgo, 9 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 28.08.2022
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Para o Reino Unido, que se manifesta mais do que qualquer outro país europeu a favor do fornecimento de armas à Ucrânia, o próximo inverno será um verdadeiro desafio. Nesse contexto, se Londres mudar de posição, isso pode destruir a unidade europeia, que já é frágil, escreve a edição norte-americana The Nation.
Segundo a autora da publicação, Mary Dejevsky, dentro da Europa existem certas divergências quanto ao apoio militar à Ucrânia. Assim, enquanto durante o governo de Johnson o Reino Unido tem se manifestado decididamente a favor do fornecimento de ajuda militar a Kiev, a França, a Alemanha e, um pouco menos, a Itália estão demonstrando menos entusiasmo nessa questão.

"Contudo, agora, quando o verão está sendo substituído pelo outono, é difícil não ver que estamos nos aproximando da encruzilhada que se tornará um teste às fronteiras da unidade europeia, bem como da sua determinação para seguir apoiando a Ucrânia. Poucos estão prontos para admiti-lo, chamando as coisas pelo seu nome. Ainda assim, levando em conta que os países europeus estão enfrentando ou uma inflação de dois dígitos ou uma perspectiva de racionar a energia no inverno – ou mesmo ambas as opções ao mesmo tempo – os governos estão perante uma escolha extremamente difícil", diz a colunista.

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O maior problema para os europeus, conforme salienta Dejevsky, é que, por muito que critiquem Moscou por ter provocado o déficit da energia, foi a Europa a primeira a decidir recorrer à "arma energética", enquanto qualquer corte de fornecimento será apenas uma resposta da Rússia às suas ações.
Além disso, as tentativas da União Europeia ou do Reino Unido de atribuir toda a culpa a Moscou, segundo a autora, vão inevitavelmente colocar perante todos a pergunta que todos tentam ignorar: quanto tempo mais a sociedade vai aceitar dificuldades apenas por uma questão de princípio?
Ao mesmo tempo, conforme o artigo, as discussões mais quentes sobre o aumento rápido dos preços da energia ocorrem no Reino Unido, o que em parte se explica pelo fato de o país ainda não ter um governo estável, devido à recente renúncia do primeiro-ministro britânico Boris Johnson. Segundo Mary Dejevsky, o Reino Unido pode se tornar um dos últimos países europeus que deixarão de apoiar o conflito na Ucrânia.

"O preço das políticas que preveem a ajuda militar à Ucrânia e apenas a proteção mínima da população britânica das exorbitantes despesas com a energia no inverno que vem, agravadas pela inflação, pode se tornar fatal para o governo, que inevitavelmente será liderado por uma personalidade sem o carisma brilhante de Boris Johnson", sublinha.

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Como resultado, se a opinião pública forçar o Reino Unido a apelar a uma resolução diplomática do conflito, isso pode pôr fim ao "frágil consenso europeu" e ao apoio militar que a Europa está fornecendo à Ucrânia, conclui a colunista.
Após o início da operação especial russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente fortaleceu a pressão sancionatória contra Moscou, o que resultou em problemas para a própria Europa e os Estados Unidos. A União Europeia está enfrentando uma alta dos preços dos alimentos e combustíveis. Além disso, o aumento do custo de vida afetou milhões de domicílios no Reino Unido.
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