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Coalizão ocidental vai se desmoronar em meio à resistência da Rússia às sanções, diz mídia

© AP Photo / Virginia MayoHomem caminha com guarda-chuva perto de bandeiras da União Europeia no exterior da sede do bloco, em Bruxelas, na Bélgica, em 16 de outubro de 2019 (foto de arquivo)
Homem caminha com guarda-chuva perto de bandeiras da União Europeia no exterior da sede do bloco, em Bruxelas, na Bélgica, em 16 de outubro de 2019 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 19.08.2022
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A coalizão ocidental que apoia o regime de Kiev pode desmoronar sob pressão da crise econômica, que foi em parte provocada pelas sanções antirrussas, escreveu no seu artigo para The National Interest o historiador e especialista em relações internacionais Robert D. English.
Segundo o colunista, os EUA e os países da União Europeia têm sempre subestimado as ações da Rússia, o que depois levou a consequências difíceis. English lembrou o fato de os sucessos das reformas econômicas dos anos 2000 terem sido atribuídos à sorte, devido ao aumento dos preços da energia, enquanto as medidas de proteção tomadas por Putin em 2014, após a reunificação da Crimeia com a Rússia, foram consideradas insuficientes.

"Com tal história de subestimação da sustentabilidade da Rússia não é de surpreender que muitos cederam à arrogância da espera de sua rápida asfixia. Seria justo salientar que as medidas tomadas não têm precedentes […] Os bancos russos foram excluídos do sistema de pagamentos internacional SWIFT, enquanto as reservas russas no valor de mais de 600 bilhões de dólares [R$ 3,1 trilhões] foram congeladas. Isso devia ter sufocado o comércio russo, mas afinal Moscou estava preparada para isso", admitiu o especialista.

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As atuais autoridades europeias se esqueceram do papel da Rússia no mercado energético mundial, tendo anunciado planos para deixar de importar seu petróleo e gás natural.

"Ótimo", responderam os russos. "Nós podemos acelerar sua transição para novas fontes da energia, reduzindo o fornecimento do gás que nós estamos fornecendo agora mesmo." A União Europeia, estando em pânico, seguiu com uma resposta: "Esperem, assim não estaremos prontos para prejudicá-los, acabando com as importações de gás até 2026! Vocês estão nos chantageando!", ironizou English.

Conforme o autor da publicação, há muito tempo que Washington tem forçado os seus parceiros europeus para darem tal passo imprudente.

"Os europeus foram pressionados para fazer isso pelos líderes norte-americanos, que há muito tempo têm se manifestado a favor da substituição do gás natural russo pelo gás natural liquefeito norte-americano – mesmo que os EUA não tenham um terminal exportador, enquanto a UE não tem um terminal importador e as capacidades de transporte necessárias. Contudo, agora a Europa está se comportando como um chefe que se queixa: 'Espera, você não pode ir embora, sou eu quem deve despedir você!'", sublinhou.

Segundo opina o especialista, pesquisas em muitos países europeus, por exemplo, na Grécia, Espanha, Itália e até na Alemanha, demonstram que cada vez mais pessoas manifestam discordância com as políticas dos seus governos de seguirem armando a Ucrânia em vez de pressioná-la para um cessar-fogo. Ainda assim, não foram perguntados sobre a viabilidade das ações antirrussas.
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"As personalidades oficiais da União Europeia e da OTAN ignoram geralmente tais discordâncias, apelando para a paciência a fim de 'derrotar a Rússia'. O que eles ocultam é o fato de tais políticas nunca terem sido verificadas por votações. Muitos estão se queixando de que tais medidas foram impostas pelos 'burocratas de Bruxelas', altamente pagos, que não são responsáveis perante nenhum eleitor popular, criando uma 'falsa solidariedade', que provavelmente desmoronará sob o aumento da pressão econômica", concluiu English.

Após o início da operação especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente fortaleceu a pressão sancionatória contra Moscou. Muitos países anunciaram o congelamento dos ativos russos, tendo começado a elaborar métodos para rejeitar a energia russa. Tais medidas resultaram em problemas para a própria Europa e os EUA, tendo provocado o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis.
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