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Rochas antigas dão pistas de como Terra escapou do destino de Marte

© Depositphotos.com / Rost9Estrutura do núcleo da Terra em imagem criada pela NASA
Estrutura do núcleo da Terra em imagem criada pela NASA - Sputnik Brasil, 1920, 29.07.2022
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Em um estudo publicado pela Nature Communications, os pesquisadores analisaram cristais de rocha antigos, bem como os registros de magnetismo em seu interior em busca de pistas sobre a história do núcleo interno da Terra.
O estudo revelou que o núcleo interno da Terra estava se cristalizando em uma massa significativamente grande há aproximadamente 550 milhões de anos, fornecendo calor suficiente para restaurar o campo magnético, que havia se esgotado cerca de 15 milhões de anos antes, além de preparar o cenário para uma imensa explosão de vida.
O estudo também indica que a liga sólida de ferro-níquel no centro da Terra também tem um papel fundamental como fonte de energia.
"O núcleo interno é tremendamente importante [...] Antes do núcleo interno começar a crescer, o campo magnético estava no ponto de colapso, mas assim que o núcleo interno começou a crescer, o campo foi regenerado", afirmou o geofísico John Tarduno, da Universidade de Rochester, em Nova York.
O especialista ainda ressaltou a importância de ter algo como um núcleo interno que sustente um campo magnético para toda a vida de um planeta.
© Foto / Ilustração da Universidade de Rochester/Michael OsadciwEstágios de formação do núcleo interno na estrutura da Terra
Estágios de formação do núcleo interno na estrutura da Terra - Sputnik Brasil, 1920, 29.07.2022
Estágios de formação do núcleo interno na estrutura da Terra
Ao comparar as rochas de 565 milhões de anos com outras de 532 milhões de anos, os pesquisadores notaram uma mudança na força magnética, processo que levou dezenas de milhões de anos.
"Como delimitamos a idade do núcleo interno com mais precisão, podemos explorar o fato de o núcleo interno ser composto de duas partes [...] Os movimentos das placas tectônicas na superfície da Terra afetaram indiretamente o núcleo interno, e a história destes movimentos está impressa profundamente na estrutura do núcleo interno do planeta, explicou Tarduno.
Um melhor entendimento da dinâmica e do crescimento do núcleo interno e do campo magnético tem implicações importantes, não apenas para revelar o passado da Terra e prever seu futuro, como também para conhecer as maneiras pelas quais outros planetas podem formar escudos magnéticos e manter as condições necessárias para abrigar vida.
O rover Perseverance da NASA registrou esta imagem da área à sua frente usando sua câmera de prevenção de perigo frontal direita A, 12 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 19.07.2022
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De acordo com os especialistas, Marte, por exemplo, já teve um campo magnético que teria sido dissipado, deixando o planeta vulnerável ao vento solar e a superfície sem oceanos.
Apesar de não estar claro, a ausência de campo magnético poderia levar a Terra a enfrentar o mesmo destino de Marte.
"Se o campo magnético da Terra não tivesse sido renovado, o planeta estaria mais seco e seria muito diferente do planeta atual", concluiu o pesquisador.
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