Solução política? Senado brasileiro cria 3 novas CPIs

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), leu na noite desta quarta-feira (6) os requerimentos de criação de três novas comissões parlamentares de inquérito (CPIs).

Com a leitura dos requerimentos, as comissões ficam oficialmente criadas, mas a instalação para funcionamento depende da indicação dos integrantes pelos líderes partidários, escreve o G1.

A criação das três comissões ao mesmo tempo foi uma solução política para se atender à oposição, que pressionava pela CPI do MEC, e aos governistas, que argumentaram que havia pedidos anteriores de CPI na fila.

Embora oficialmente criadas, as comissões somente deverão funcionar após as eleições, conforme acordo firmado entre Rodrigo Pacheco e líderes partidários.

A CPI do MEC busca apurar as denúncias de que pastores teriam intermediado a liberação de recursos do Ministério da Educação.

Senadores da CPI da Covid no Senado Federal, em Brasília

© Folhapress / Pedro Ladeira

A Polícia Federal baseou a operação que levou à prisão de Ribeiro em indícios de irregularidades na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC. Ribeiro é investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

Uma das outras CPIs busca investigar o crime organizado e o narcotráfico, enquanto a terceira pretende apurar eventuais irregularidades em obras inacabadas de governos anteriores.

As comissões criadas nesta quarta-feira (6) são as seguintes: CPI do MEC; CPI do Narcotráfico e Crime Organizado; e CPI das Obras Inacabadas.

Vale lembrar que outra comissão já oficialmente criada, mas que ainda aguarda a indicação de membros, é a CPI do Desmatamento na Amazônia.