EUA devem parar pesquisas biológicas militares em todo o mundo, diz presidente da Duma da Rússia

Vyacheslav Volodin abordou as afirmações de que o vírus da COVID-19 foi criado nos EUA e instou o país a compensar todos os países que sofreram com ele.

Vyacheslav Volodin, presidente da Duma da Rússia, instou os EUA a pararem de pesquisar patógenos biológicos militares em todo o mundo, em resposta às declarações de Geoffrey Sachs, presidente da revista The Lancet.

Sachs, que também é presidente da Comissão do Coronavírus da revista médica, disse que a COVID-19 foi muito provavelmente criada em um biolaboratório americano.

"Milhões de doentes e mortos, a crise econômica global, queda no padrão de vida das pessoas, [são] as consequências da COVID-19 pelas quais Washington deve ser responsabilizado: as pesquisas biológicas militares dos EUA, que eles estão conduzindo ao redor do mundo, devem ser paradas e desclassificadas", escreveu Volodin no Telegram.

Ele acrescentou que todos os Estados afetados pela pandemia têm o direito de receber compensação dos EUA.

"Hoje, quando tais acusações são feitas, [o presidente dos EUA, Joe] Biden permanece em silêncio. Ele tem medo que o mundo aprenda a verdade sobre o verdadeiro culpado da pandemia", sublinhou o presidente da Duma.

A pandemia da COVID-19, provocada pelo vírus SARS-CoV-2, começou na cidade chinesa de Wuhan em dezembro de 2019. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma pandemia mundial. Em dois anos foram registrados 550 milhões de casos de infecção e várias estirpes do vírus, incluindo mais de seis milhões de mortes.

Durante todo esse tempo houve discussão sobre a origem do patógeno, desde ter surgido naturalmente em animais e se espalhado para humanos até ele ter sido deliberadamente lançado na população. Em março de 2021 um painel internacional de especialistas da OMS concluiu que o coronavírus foi muito provavelmente transmitido de morcegos para humanos através de outro animal e chamou o vazamento do laboratório de "altamente improvável".