Putin: Rússia está interessada em cooperar no Ártico com todos os países, incluindo extrarregionais

A rejeição de uma cooperação normal por parte dos EUA e da Europa atingiu negativamente esses próprios países, apontou Vladimir Putin, presidente da Rússia.

A Rússia está aberta à cooperação com todos os países no Ártico, disse na segunda-feira (13) Vladimir Putin, presidente russo.

"Sublinho que a Rússia está aberta à cooperação com todos os parceiros interessados, tanto relativamente aos programas e projetos no Ártico atuais como futuros", afirmou em uma reunião sobre o desenvolvimento do Ártico, mencionando várias vantagens para o comércio russo e estrangeiro.

"Creio que nas atuais condições deve-se envolver mais ativamente os chamados Estados e associações extrarregionais. Aqui vai haver trabalho suficiente para todos. A todos os que, tal como a Rússia, estão interessados em um desenvolvimento sustentável desta região única, será proposto trabalhar em conjunto", acrescentou Putin.

Os países ocidentais rejeitaram a cooperação com a Rússia, incluindo na área energética, o que levou a problemas como alta inflação, disse ele.

"A rejeição da cooperação normal por vários países ocidentais, incluindo dos recursos energéticos da Rússia, já atingiu parcialmente milhões de europeus, provocou uma verdadeira crise energética, até afeta os EUA. Os preços crescem em todo o lado, e a inflação está simplesmente altíssima. Para esses países ela tem um caráter absolutamente sem precedentes", comentou o presidente da Rússia.

O alto responsável russo também apontou a significância do Ártico em termos de segurança para a Rússia.

"Nos territórios árticos vivem e trabalham centenas de milhares de nossos cidadãos. [Lá] estão concentradas quase todas as áreas de segurança nacional do nosso país: ambiental, de recursos, político-militar e tecnológica", referiu ele.

"Sublinharei também que agora, tendo em conta os vários tipos de restrições e pressão sancionaria, todos os projetos e planos ligados ao Ártico precisam receber atenção especial, não os adiar, não os deslocar para a direita. Pelo contrário, às tentativas de travar nosso desenvolvimento devemos responder com um aumento máximo dos ritmos tanto nas tarefas atuais como nas prospetivas", instou Vladimir Putin.