https://sputniknewsbr.com.br/20220222/arqueologos-encontram-no-reino-unido-ourivesaria-possivelmente-ilegal-do-imperio-romano-fotos-21525128.html
Arqueólogos encontram no Reino Unido ourivesaria possivelmente ilegal do Império Romano (FOTOS)
Arqueólogos encontram no Reino Unido ourivesaria possivelmente ilegal do Império Romano (FOTOS)
Sputnik Brasil
Uma equipe de pesquisadores encontrou um prédio da época romana que servia simultaneamente como habitação e produção de metais usados como moedas. 22.02.2022, Sputnik Brasil
2022-02-22T15:59-0300
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Arqueólogos do Reino Unido desenterraram no condado de Kent 15 kg de litargírio, óxido de chumbo e um derivado da mineração de prata, descobrindo assim evidências de um lugar de ourivesaria ilegal do Império Romano, escreveu no domingo (20) o jornal Daily Mail.Os pesquisadores apontam que se trata da maior quantidade de litargírio alguma vez descoberta no Reino Unido.A produção teria ocorrido em um mausoléu, sendo ela realizada em uma extremidade do edifício de pedra, enquanto a outra metade do edifício era usada como residência.Os pesquisadores creem que os dois ou três andares da habitação e a presença de vários artefatos e joias significam que lá provavelmente vivia uma família numerosa de alto status social. Foi teorizado que seria um grande clã que lavrava a terra, caçava, criava animais e minerava metais.Como a economia romana dos sécs. III e IV operava com moedas de ouro e prata, o controle desses metais era realizado pelas autoridades e estava ligado aos impostos imperiais. O funcionamento da ourivesaria poderia ser ilegal, apesar de também poder ter acontecido oficialmente, explica James Gerrard, especialista em arqueologia romana na Universidade de Newcastle, Inglaterra, Reino Unido.Além dos utensílios de prata, foram encontrados 453 moedas romanas, 20.000 fragmentos de cerâmica pesando um quarto de tonelada e 8.000 ossos de animais. Foi também descoberta em um túmulo uma mulher idosa que poderia ter sido líder do clã. Apesar de sofrer de osteoartrite, ela viveu até uma idade tardia e era reverenciada localmente, tendo sido enterrada com honras.Mais tarde o local é abandonado, mas é perturbado no séc. V por uma razão desconhecida. O mausoléu é ocupado por corujas entre os sécs. V e X, após a retirada das tropas romanas da ilha britânica. Gerrard acredita que quando os anglo-saxões encontraram o lugar nos sécs. XI ou XII, ela foi usada como uma "estrutura navegacional" na região.Mais tarde, em 1086, a estrutura é convertida em uma mansão medieval, ou capela, sendo agora conhecida como Grange Farm.
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arqueólogos, arqueologia, sítio arqueológico, reino unido
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Arqueólogos encontram no Reino Unido ourivesaria possivelmente ilegal do Império Romano (FOTOS)
Uma equipe de pesquisadores encontrou um prédio da época romana que servia simultaneamente como habitação e produção de metais usados como moedas.
Arqueólogos do Reino Unido desenterraram no condado de Kent 15 kg de litargírio, óxido de chumbo e um derivado da mineração de prata, descobrindo assim evidências de um lugar de ourivesaria ilegal do Império Romano,
escreveu no domingo (20) o jornal Daily Mail.
Os pesquisadores apontam que se trata da maior quantidade de litargírio alguma vez descoberta no Reino Unido.
A produção teria ocorrido em um mausoléu, sendo ela realizada em uma extremidade do edifício de pedra, enquanto a outra metade do edifício era usada como residência.
Os pesquisadores creem que os dois ou três andares da habitação e a presença de vários artefatos e joias significam que lá provavelmente vivia
uma família numerosa de alto status social. Foi teorizado que seria um grande clã que lavrava a terra, caçava,
criava animais e minerava metais.
Como a economia romana dos sécs. III e IV operava com moedas de ouro e prata, o controle desses metais era realizado pelas autoridades e estava ligado aos impostos imperiais. O funcionamento da ourivesaria poderia ser ilegal, apesar de também poder ter acontecido oficialmente, explica James Gerrard, especialista em arqueologia romana na Universidade de Newcastle, Inglaterra, Reino Unido.
Além dos utensílios de prata, foram encontrados 453 moedas romanas, 20.000 fragmentos de cerâmica pesando um quarto de tonelada e 8.000 ossos de animais. Foi também descoberta em um túmulo uma mulher idosa que poderia ter sido líder do clã. Apesar de sofrer de osteoartrite, ela viveu até uma idade tardia e era reverenciada localmente, tendo sido enterrada com honras.
Mais tarde o local é abandonado, mas é perturbado no séc. V por uma razão desconhecida. O mausoléu é ocupado por corujas entre os sécs. V e X, após a retirada das tropas romanas da ilha britânica. Gerrard acredita que quando os anglo-saxões encontraram o lugar nos sécs. XI ou XII, ela foi usada como uma
"estrutura navegacional" na região.
Mais tarde, em 1086, a estrutura é convertida em uma mansão medieval, ou capela, sendo agora conhecida como Grange Farm.
