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Itamaraty emite nota sobre a situação no leste da Ucrânia

© REUTERS / VALENTYN OGIRENKOBandeira ucraniana no mastro mais alto do país ao lado do monumento Pátria Mãe, em Kiev, 16 de dezembro de 2021
Bandeira ucraniana no mastro mais alto do país ao lado do monumento Pátria Mãe, em Kiev, 16 de dezembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2022
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O Itamaraty emitiu uma nota com relação às tensões no leste da Ucrânia envolvendo a Rússia e a expansão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) perto de suas fronteiras.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil e o secretário de Estado dos EUA tiveram uma conversa nesta segunda-feira (10) sobre a crise na Ucrânia.
"Com referência à situação no leste da Ucrânia, o Itamaraty esclarece que o ministro [Carlos] França e o secretário [dos EUA, Antony] Blinken trocaram impressões e expressaram suas respectivas posições nacionais", diz um comunicado publicado nas redes sociais do ministério.
O ministro França enfatizou que o Brasil mantém sua postura de apoio a uma solução mutuamente satisfatória nos termos da Resolução 2202 (2015) do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A resolução 2202 prevê que uma solução para a crise somente pode ser alcançada por meios pacíficos, e depende da implementação de diversas medidas de desescalada previstas nos Acordos de Minsk.
O Kremlin, por sua vez, enfatiza que Kiev está violando os acordos de Minsk e deliberadamente aumentando as tensões nas autoproclamadas repúblicas de Donbass.
Em uma entrevista coletiva no dia 23 de dezembro, o presidente Vladimir Putin falou sobre as posições dos EUA e da Rússia a respeito do futuro de Donbass e dos Acordos de Minsk.
© AP Photo / Ukrainian Presidential Press Office via APPresidente ucraniano Vladimir Zelensky visita a região de Donbass, 8 de abril de 2021
Presidente ucraniano Vladimir Zelensky visita a região de Donbass, 8 de abril de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2022
Presidente ucraniano Vladimir Zelensky visita a região de Donbass, 8 de abril de 2021. Foto de arquivo
Na ocasião, após afirmar que o futuro de Donbass deve ser determinado pelas pessoas que vivem na região, o presidente russo disse que o Kremlin é um mediador no processo para determinar o destino da região de Donbass, como é previsto pelos Acordos de Minsk.
"Segundo [os Acordos de] Minsk, a Rússia é mediadora, mas eles estão tentando transformá-la em um lado do conflito. Moscou não está interessada nisso", disse o presidente russo.
O acordo de paz foi fechado pelos chefes de Estado Pyotr Poroshenko (da Ucrânia); Vladimir Putin (Rússia); François Hollande (França), e Angela Merkel (Alemanha).
Vale lembrar que, em dezembro, o Ministério das Relações Exteriores russo apresentou dois projetos de acordos abrangentes sobre garantias de segurança entre a Rússia, os EUA e a OTAN.
As partes se comprometem em garantir a segurança mútua, não colocar mísseis de curto e médio alcance em zonas a partir das quais eles possam atingir os territórios um do outro, e a Aliança Atlântica não poderá continuar se expandindo para leste, incluindo à custa de ex-repúblicas soviéticas, entre as quais está a Ucrânia.
Soldados ucranianos  - Sputnik Brasil, 1920, 02.01.2022
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Reunião entre Rússia e EUA

Em encontro nesta segunda-feira (10) para tratar, entre outros assuntos, da Ucrânia, Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, classificou que os EUA encararam de forma séria as propostas russas sobre as garantias de segurança mútuas.
Uma das exigências de Moscou foi o não aproveitamento militar dos territórios dos Estados-membros da OTAN que entraram na aliança após 1997. Sobre a Ucrânia, Ryabkov garantiu que a Rússia não tem quaisquer intenções de a invadir.
"Explicamos aos colegas norte-americanos que não temos, nem podemos ter, nenhum plano ou intenção de 'atacar' a Ucrânia, e que todas as iniciativas de preparação militar das forças [russas] são realizadas no interior de nosso território nacional", comentou ele.
Apesar das divergências entre Rússia e os EUA em "pontos de vista opostos em certas questões", o representante russo considera ser possível chegar a um acordo.
O encontro de representantes da Rússia e dos EUA sobre garantias de segurança foi realizado em um formato fechado na representação permanente dos EUA na ONU em Genebra. A delegação russa foi chefiada por Sergei Ryabkov, enquanto a delegação norte-americana foi dirigida por Wendy Sherman, vice-secretária de Estado do país.
© AP Photo / Thomas PeterNo dia 30 de janeiro de 2019, o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, participa de uma conferência sobre o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), em Pequim
No dia 30 de janeiro de 2019, o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, participa de uma conferência sobre o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), em Pequim - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2022
No dia 30 de janeiro de 2019, o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, participa de uma conferência sobre o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), em Pequim. Foto de arquivo
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