DNA (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920
Ciência e sociedade
As principais notícias, reportagens e artigos sobre sociedade e avanços científicos.

Estudo sugere que existe conexão entre explosões de supernovas e existência de vida na Terra

© Foto / Observatório Internacional Gemini / NOIRLab / NSF/AURA / J. da SilvaRepresentação artística de uma supernova em colapso gerando emissão curta de raios gama
Representação artística de uma supernova em colapso gerando emissão curta de raios gama - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2022
Nos siga no
Pesquisadores descobriram uma ligação notável entre o número de estrelas próximas que explodem chamadas supernovas e a existência de vida na Terra.
Evidências demonstram uma estreita conexão entre a fração de matéria orgânica enterrada em sedimentos e as alterações na ocorrência de supernovas. Essa correlação é aparente durante os últimos 3,5 bilhões de anos e em maior detalhe ao longo dos últimos 500 milhões de anos.
A correlação indica que as supernovas criaram condições essenciais sob as quais a vida na Terra tinha de existir. Essa é a ideia sugerida em um recente artigo de pesquisa publicado na revista Geophysical Research Letters pelo pesquisador sênior Henrik Svensmark do Instituto Espacial Nacional da Universidade Técnica da Dinamarca (DTU Space).
De acordo com o artigo, uma explicação para a conexão observada entre supernovas e vida é que as supernovas influenciam o clima da Terra.
Elevado número de supernovas conduz a um clima frio com uma diferença de temperaturas significativa entre as regiões equatoriais e polares. Isso resulta em formação de ventos fortes e uma mistura do oceano, o que é vital para fornecer nutrientes aos sistemas biológicos. Alta concentração de nutrientes leva a uma maior bioprodutividade e a um depósito mais extenso de matéria orgânica em sedimentos.
Ilustração da estrela anã vermelha AD Leonis - Sputnik Brasil, 1920, 08.01.2022
Ciência e sociedade
Violenta morte de supergigante vermelha é observada pela 1ª vez (VÍDEO)
Um clima quente tem ventos mais fracos e leva a uma menor mistura dos oceanos, reduzido suprimento de nutrientes, menor bioprodutividade e menos depósito de matéria orgânica.
"Uma consequência fascinante é que a transição da matéria orgânica para os sedimentos é indiretamente a fonte de oxigênio. A fotossíntese produz oxigênio e açúcar a partir da luz, água e dióxido de carbono [CO2]. No entanto, se o material orgânico não é transferido para sedimentos, o oxigênio e matéria orgânica se transformam em CO2 e água. O depósito de material orgânico impede essa reação reversa. Portanto, as supernovas controlam indiretamente a produção de oxigênio, e o oxigênio é a base de toda a vida complexa", explicou Henrik Svensmark.

O que isso tem a ver com supernovas?

"Quando estrelas pesadas explodem, elas produzem raios cósmicos feitos de partículas elementares com enormes energias", disse especialista.
Quando os raios atingem a atmosfera da Terra eles ionizam-na, o que conduz à formação e crescimento de aerossóis e, por fim, ao aumento da quantidade de nuvens. Isso afeta obviamente a quantidade de energia do Sol que pode alcançar a superfície terrestre, escreve jornal Forbes.
Sabe-se que o clima da Terra muda de acordo com as flutuações na intensidade dos raios cósmicos, enquanto a frequência das supernovas pode variar enormemente.
Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала