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Cazaquistão passou por enorme crise, a pior desde sua independência, diz presidente

© Sputnik / Aleksei Nikolsky / Acessar o banco de imagensPresidente da Rússia Vladimir Putin participa da reunião extraordinária do Conselho de Segurança Coletiva da CSTO
Presidente da Rússia Vladimir Putin participa da reunião extraordinária do Conselho de Segurança Coletiva da CSTO - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2022
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Cazaquistão passou por uma enorme crise no início de janeiro, a pior desde a independência do país, disse o presidente cazaque, Kassym-Jomart Tokaev.
"Em poucos dias, em janeiro, o Cazaquistão sofreu uma crise de grande envergadura, que se tornou a pior dos 30 anos de história desde a independência", declarou Tokaev na sessão extraordinária do Conselho de Segurança Coletiva da CSTO.
O chefe de Estado afirmou que os eventos no Cazaquistão no início do ano se tornaram elos da mesma cadeia com intenção destrutiva.
"Todos os eventos [no Cazaquistão] desde o início deste ano são elos de uma mesma cadeia e estão subordinados a um único desígnio destrutivo, cuja preparação estava sendo realizada por muito tempo. Quanto tempo esta preparação durou - um ano, dois ou três - será determinado pela investigação. As forças destrutivas fizeram diversas tentativas de minar a estabilidade, provocar desordens e testar a estabilidade e a força do Estado. Todas essas ações foram vigorosamente reprimidas", disse Tokaev durante o seu discurso.
Segundo afirmou o presidente Tokaev, os terroristas abandonaram os planos de tomar a residência presidencial no Cazaquistão por causa da CSTO.
"O Cazaquistão solicitou a assistência da CSTO, que foi extremamente oportuna. Ao saber da chegada de três aviões de transporte militar à capital, os terroristas abandonaram os planos de tomar a residência presidencial", disse o líder cazaque.
© REUTERS / Pavel MikheyevCarro queimado em frente à prefeitura após os protestos em Almaty, no Cazaquistão
Carro queimado em frente à prefeitura após os protestos em Almaty, no Cazaquistão - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2022
Carro queimado em frente à prefeitura após os protestos em Almaty, no Cazaquistão
Tokaev observou também que no Cazaquistão havia um plano para criar o caos e tomar o poder.
"É evidente que havia um plano de criar uma zona de caos no nosso país, com posterior tomada do poder. Em conformidade com uma decisão do Conselho de Segurança do Cazaquistão, baseada em uma análise abrangente dos órgãos policiais e serviços secretos, a situação foi descrita como uma ameaça de terrorismo e um ato de agressão. Os eventos no Cazaquistão se tornaram críticos", afirmou o presidente Tokaev.
O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, que também participou da reunião disse ter a certeza de que, por trás dos acontecimentos no Cazaquistão, estão forças externas, mas, ao mesmo tempo, apelou para não culpar exclusivamente o fator externo.
"A análise dos eventos no Cazaquistão mostra a presença de um fator externo, seu cenário é reconhecível. Não é preciso ir longe por analogias", disse Lukashenko durante a sessão extraordinária.
Além disso, o presidente belarusso acrescentou que "não deve ser permitido mostrar as forças de paz [no Cazaquistão] como ocupantes. Vemos que tais tentativas já estão sendo feitas. Não somos ocupantes, não viemos por vontade própria. Fomos convidados pelo nosso irmão, nosso amigo, que é responsável por este enorme país".
© REUTERS / Pavel MikheyevCarro policial queimando durante protestos contra a subida do preço de gás de petróleo liquefeito pelas autoridades cazaques, em Almaty, Cazaquistão, 5 de janeiro de 2022
Carro policial queimando durante protestos contra a subida do preço de gás de petróleo liquefeito pelas autoridades cazaques, em Almaty, Cazaquistão, 5 de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 10.01.2022
Carro policial queimando durante protestos contra a subida do preço de gás de petróleo liquefeito pelas autoridades cazaques, em Almaty, Cazaquistão, 5 de janeiro de 2022
A Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) demonstrou na prática sua capacidade de agir rapidamente, disse o presidente da Rússia Vladimir Putin.
"Nossa organização demonstrou na prática seu potencial, sua capacidade de agir de forma rápida, decisiva e eficaz. Cada um dos aliados contribuiu para o cumprimento das tarefas que lhe foram atribuídas como parte do contingente militar da CSTO", declarou Putin durante a sessão extraordinária.
Os eventos que estão ocorrendo no Cazaquistão confirmam a necessidade de intensificar os esforços conjuntos para combater o terrorismo, observou o presidente do Tajiquistão Emomali Rakhmon na sessão da CSTO.
"Os trágicos acontecimentos no Cazaquistão reafirmam a necessidade de reforçar nosso trabalho conjunto integrado para combater o terrorismo e o extremismo, o radicalismo religioso e o crime organizado transnacional, incluindo o tráfico de drogas", declarou o líder tajique.
Os países-membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (CSTO) demonstraram um elevado nível de entendimento mútuo quanto à resolução da situação no Cazaquistão, disse o primeiro-ministro da Armênia, Nikol Pashinyan.
"Gostaria de constatar com satisfação o elevado nível de entendimento entre os nossos países relativamente à situação no Cazaquistão. Está claro o propósito de nossas ações para estabilizar a situação o mais rápido possível e restaurar a normalidade da vida no país", afirmou.
De acordo com o chefe do governo do Quirguistão, Akylbek Zhaparov, a normalização da situação no Cazaquistão é atualmente a tarefa prioritária para os países-membros da CSTO.
"A estabilização da situação no Cazaquistão continua sendo uma prioridade para a CSTO", comentou.
O presidente do Uzbequistão Shavkat Mirziyoyev enviou condolências ao líder do Cazaquistão pelas vítimas dos trágicos acontecimentos no seu país.
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