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Reino Unido implantou 31 armas nucleares em navios durante guerra das Malvinas, revela documento

© AP Photo / Marcos MorenoNavio HMS Queen Elizabeth, o maior navio de guerra já construído para a Marinha Real britânica, chega ao território britânico de Gibraltar, 9 de fevereiro de 2018
Navio HMS Queen Elizabeth, o maior navio de guerra já construído para a Marinha Real britânica, chega ao território britânico de Gibraltar, 9 de fevereiro de 2018 - Sputnik Brasil, 1920, 04.01.2022
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Um documento do Ministério da Defesa britânico datado de 6 de abril de 1982 e publicado no site Declassified UK revelou que o Reino Unido mobilizou em seus navios 31 armas nucleares durante o conflito que teve com a Argentina pelas ilhas Malvinas no Atlântico Sul.
"Os navios de guerra britânicos enviados para o Atlântico Sul após a invasão argentina das ilhas Malvinas em 1982 estavam armados com dezenas de bombas nucleares", aponta o documento do portal.
O conteúdo do documento, intitulado Top Secret Atomic, afirma que a presença das armas nucleares causou forte apreensão entre as autoridades de Londres pelos danos físicos e políticos que poderiam ter causado.
No texto faz-se referência à "enorme preocupação" de que algumas das "bombas nucleares de profundidade" pudessem "perder-se ou danificar-se e o fato se tornasse público". "As repercussões internacionais de tal incidente poderiam ser muito prejudiciais", acrescenta o documento.
Além disso, os arquivos detalham que as armas foram transferidas de fragatas e destróieres para os porta-aviões que participaram do conflito bélico, o HMS Hermes e o HMS Invincible, onde as armas poderiam ser melhor protegidas.
Revela-se ainda que, na época, o príncipe André, duque de York, desempenhava funções no HMS Invincible como piloto de helicóptero.
Segundo os documentos, o HMS Hermes tinha 18 armas nucleares a bordo e o HMS Invincible, 12. O navio auxiliar da Marinha Real, o Regent, tinha uma.
De acordo com os documentos, todos os navios estavam dentro da "zona de exclusão total" imposta pelo Reino Unido em torno das ilhas Malvinas.
Os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores teriam tido uma discussão acalorada sobre as armas. A entidade diplomática solicitou o retorno das armas, mas a Marinha se recusou a cumprir a ordem. Os perigos do período da Guerra Fria foi um dos argumentos que o justificaram.
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