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Kremlin: alargamento da OTAN à Ucrânia, Geórgia, Moldávia é questão de vida e morte para Rússia

© AFP 2023 / Yuriy DyachyshynMilitares da Ucrânia participando de exercícios militares com os EUA e outros países da OTAN perto de Lvov, Ucrânia, 24 de setembro de 2021
Militares da Ucrânia participando de exercícios militares com os EUA e outros países da OTAN perto de Lvov, Ucrânia, 24 de setembro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 26.12.2021
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Neste domingo (26), Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, definiu o alargamento da OTAN à Ucrânia, Geórgia, Moldávia uma questão de vida e morte para a Rússia.
"E nesse contexto, claro, a propagação da OTAN para países como a Ucrânia, e certamente para outros países que foram territórios da União Soviética", afirmou Peskov durante entrevista ao canal Rossiya 1.
"Claro que essa é uma questão, de fato, de vida e morte para nós", declarou Peskov.
Peskov também afirmou que os diplomatas da Rússia terão um diálogo complicado sobre garantias de segurança com os EUA, mas é sempre melhor uma conversa entre diplomatas que entre militares.
"Para nossos diplomatas, que são realmente diplomatas antigos, da escola clássica, são diplomatas muito talentosos, será um diálogo complicado. Mas é sempre melhor quando falam os diplomatas, que quando falam os militares", afirmou.
De acordo com Peskov, a linguagem diplomática dos oponentes se degradou muito, às vezes chegando mesmo à grosseria, uma linguagem de cowboy.
Logo ficará claro, nas conversações sobre garantias de segurança, se os EUA estão ou não prontos para darem uma resposta substantiva, ou se preferirão dificultar o processo, afirmou Peskov.
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Além disso, Peskov afirmou esperar que o lançamento do Tsirkon se torne uma circunstância mais convincente para o Ocidente.
De acordo com Peskov, a iniciativa sobre o sistema de garantias de segurança partiu do presidente Vladimir Putin.
"Essa foi uma iniciativa do presidente. Uma iniciativa do presidente, que tem a possibilidade de analisar a situação de maneira abrangente", declarou.
A segurança de uns países não pode ser assegurada em prejuízo de outros e virar um perigo para países terceiros.
Ainda com relação às garantias de segurança, Peskov ressaltou que é preciso tomar rapidamente uma decisão que corresponda aos interesses da Rússia.
Uma demora no processo sobre o sistema de garantias de segurança absolutamente não satisfará a Rússia.
Peskov fez questão de ressaltar que Putin na questão da segurança da Rússia calcula os movimentos como um verdadeiro jogador de xadrez.
"Naturalmente, o presidente Putin calcula não uma jogada à frente, não duas jogadas, mas calcula como um verdadeiro jogador de xadrez, mas em assuntos como esse é preciso, talvez, ter habilidades superiores mesmo às de um grande mestre. Por isso, eu não tenho quaisquer dúvidas que o presidente Putin calcula tudo", afirmou Peskov.
Acusam a Rússia de estar preparando uma agressão contra a Ucrânia, mas ninguém acusa Kiev de estar preparando uma agressão contra seu próprio povo.
A posição dos oponentes ocidentais sobre a Ucrânia é, no mínimo, desequilibrada, eles não podem reivindicar objetividade neste processo, afirmou Peskov.
Emocionalmente há vontade de reagir a todas as desinformações difundidas, mas à mesa dos diplomatas, fora da opinião pública, começa uma conversa mais ponderada.
Peskov também afirmou que manteria um otimismo contido e colocaria suas esperanças nas consultas que são esperadas com relação às negociações sobre as garantias de segurança.
Putin e Biden tiveram um diálogo muito bom. Um diálogo absolutamente construtivo, de trabalho e expondo suas posições com muito respeito, declarou Peskov.
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Além disso, Peskov afirmou que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, poderia comparecer à cúpula da Comunidade dos Estados Independentes em São Petersburgo, mas não comparecerá.
Recentemente, Moscou também afirmou que as recentes declarações visam encobrir a militarização pela Ucrânia e a OTAN dos territórios junto das fronteiras da Rússia. O governo da Rússia também sublinhou que Kiev está violando os acordos de Minsk de 2015 e deliberadamente aumentando as tensões nas autoproclamadas repúblicas de Donbass.
Em 17 de dezembro o Ministério das Relações Exteriores russo apresentou dois projetos de acordos abrangentes sobre garantias de segurança entre a Rússia, os EUA e a OTAN, nos quais as partes se comprometem em garantir a segurança mútua, não colocar mísseis de curto e médio alcance em zonas a partir das quais eles possam atingir os territórios um do outro, e a Aliança Atlântica não poderá continuar se expandindo para leste, incluindo à custa de ex-repúblicas soviéticas, entre as quais está a Ucrânia.
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