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Astrônomos afirmam ter descoberto braços espirais fósseis na Via Láctea (FOTO)

© flickr.com / NASA Goddard Space Flight CenterHubble da NASA mostra que Via Láctea tem colisão frontal como seu destino (imagem referencial)
Hubble da NASA mostra que Via Láctea tem colisão frontal como seu destino (imagem referencial) - Sputnik Brasil, 1920, 16.12.2021
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Usando dados do satélite Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e pesquisas espectroscópicas de arquivos, os astrônomos mapearam a subestrutura de disco da Via Láctea a distâncias superiores a 10.000 parsecs (32.616 anos-luz).
O mapa resultante revela a existência de muitos filamentos anteriormente desconhecidos na borda do disco da Via Láctea.
"Simulações numéricas a partir de interações anteriores de [galáxias] satélites preveem a formação de estruturas filamentares no disco externo da Via Láctea, mas grande quantidade de subestrutura revelada pelo nosso mapa não era esperada e permanece um mistério", disse doutor Chervin Laporte, astrônomo do Instituto de Ciências do Cosmos da Universidade e Barcelona.
O que poderiam ser essas estruturas? Uma possibilidade é que elas sejam restos de braços de maré do disco da Via Láctea que foram estimulados em épocas diferentes por várias galáxias satélites, avança portal Phys.org.
Atualmente a Via Láctea está cercada por aproximadamente 50 galáxias satélites e já devorou inúmeras dessas galáxias no passado.
Atualmente, é considerado que a nossa galáxia está sendo perturbada pela galáxia anã de Sagitário, mas em um passado distante a Via Láctea interagiu com outro intruso, a galáxia Gaia-Enceladus, que agora dispersou os seus destroços nos arredores da Via Láctea.
CC BY 4.0 / Laporte et al. / Mapa do céu da Via Láctea em movimento elaborado usando dados do telescópio Gaia. Áreas com movimento significativo são mostradas em preto/roxo e as com movimento relativamente baixo em amarelo. Uma série de estruturas de disco filamentares de grande escala se manifestam em torno do plano médio. O mapa também mostra as Nuvens de Magalhães e sua ponte de ligação estelar na parte esquerda, enquanto a galáxia Sagitário, que atualmente está sendo despedaçada, pode ser vista à direita
Mapa do céu da Via Láctea em movimento elaborado usando dados do telescópio Gaia. Áreas com movimento significativo são mostradas em preto/roxo e as com movimento relativamente baixo em amarelo. Uma série de estruturas de disco filamentares de grande escala se manifestam em torno do plano médio. O mapa também mostra as Nuvens de Magalhães e sua ponte de ligação estelar na parte esquerda, enquanto a galáxia Sagitário, que atualmente está sendo despedaçada, pode ser vista à direita - Sputnik Brasil, 1920, 16.12.2021
Mapa do céu da Via Láctea em movimento elaborado usando dados do telescópio Gaia. Áreas com movimento significativo são mostradas em preto/roxo e as com movimento relativamente baixo em amarelo. Uma série de estruturas de disco filamentares de grande escala se manifestam em torno do plano médio. O mapa também mostra as Nuvens de Magalhães e sua ponte de ligação estelar na parte esquerda, enquanto a galáxia Sagitário, que atualmente está sendo despedaçada, pode ser vista à direita
Em um estudo anterior, a mesma equipe mostrou que uma das estruturas filamentares no disco externo era composta por estrelas que predominantemente tinham mais de 8 bilhões de anos. Ou seja, essa estrutura não poderia ter se formado interagindo apenas com a relativamente jovem galáxia de Sagitário, apontando em vez disso para a galáxia Gaia-Enceladus.
Outra possibilidade é que nem todas essas estruturas sejam verdadeiros braços espirais fósseis, mas em vez disso formam as cristas de distorções verticais de grande escala no disco da Via Láctea.
"Acreditamos que os discos respondem a impactos de [galáxias] satélites que criam ondas verticais que se propagam como ondulações em um lago", explicou Laporte.
Agora o desafio é conseguir descobrir o que são essas estruturas exatamente, como se originaram, por que em quantidades tão grandes e o que elas podem nos revelar sobre a Via Láctea, sua formação e evolução.
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