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Minerais de argila no subsolo podem estar retendo parte da água desaparecida de Marte

© Foto / ESA/DLR/FU Berlin/Bill DunfordA região branca brilhante desta imagem mostra a calota gelada que cobre o polo sul de Marte, composta por água congelada e dióxido de carbono congelado
A região branca brilhante desta imagem mostra a calota gelada que cobre o polo sul de Marte, composta por água congelada e dióxido de carbono congelado - Sputnik Brasil, 1920, 15.12.2021
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Pesquisadores da Universidade de Binghamton (Nova York) acreditam que grande parte da água de Marte esteja retida dentro de minerais de argila, conhecidos como esmectita, localizados vários quilômetros abaixo da superfície do planeta.
Em um comunicado publicado nesta terça-feira, os cientistas observaram que existem evidências de que, em algum momento, havia rios e lagos em Marte, no entanto, atualmente em sua superfície não há qualquer rastro de água.
David Jenkins, professor de Ciências Geológicas e Estudos Ambientais da Universidade de Binghamton e a ex-estudante de pós-graduação Brittany DePasquale descobriram em um estudo que a esmectita, rica em ferro e menos estável termicamente, pode se formar a profundidades de até 30 quilômetros e poderia armazenar a água desaparecida do Planeta Vermelho.
Na Terra, a esmectita habitualmente ocorre como resultado de uma reação entre as rochas e água, embora as condições desta reação permaneçam desconhecidas.
"Até há pouco tempo, muitas pessoas, inclusive eu mesmo, assumiam que a água que existiu anteriormente em Marte estava agora presente em forma de gelo armazenado nas calotas polares e como gelo subterrâneo", afirmou Jenkins.
No entanto, segundo ele, durante os últimos anos, os satélites que orbitam ao redor do planeta coletaram informações suficientes para determinar que nem a quantidade de gelo, nem a perda de vapor, são suficientes para determinar o desaparecimento da água, mesmo com base nas "estimativas mais baixas da quantidade de água que alguma vez possa ter existido em Marte".
"Uma vez que vimos que a esmectita de ferro ferroso, a sua forma menos estável termicamente, era estável até temperaturas de aproximadamente 600 °C a 30 quilômetros de profundidade, ficou claro que a esmectita na realidade, poderia ser um importante depósito da "água que falta" em Marte", assegurou.
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No entanto, a teoria de Jenkins e DePasquale ainda não pode ser demonstrada, já que atualmente não há nenhum equipamento capaz de perfurar a superfície do planeta a tais profundidades.
"A questão mais difícil, a da quantidade total de minerais argilosos na superfície ou próximo da superfície de Marte, ainda não foi determinada com a precisão necessária para confirmar realmente que os minerais argilosos podem ser o principal depósito de água em Marte", lamentou.
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