Misteriosa arma hipersônica chinesa pode ficar em órbita e disparar projéteis, diz general dos EUA

CC BY 2.0 / Carolyn Kaster / Bandeira do Comando Espacial dos EUA, recentemente transformado em Força Espacial
Bandeira do Comando Espacial dos EUA, recentemente transformado em Força Espacial  - Sputnik Brasil, 1920, 30.11.2021
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Um general da Força Espacial dos EUA, Chance Saltzman, afirmou que o novo sistema de armas hipersônicas da China é orbital e seria capaz de permanecer no espaço por muito tempo.
A velocidade hipersônica é tipicamente definida acima de Mach 5. A referência suborbital é para objetos que podem tecnicamente alcançar o espaço, tais como os mísseis balísticos intercontinentais tradicionais, mas que não entram em qualquer tipo de órbita em torno do planeta.
"Este é um sistema categoricamente diferente, pois uma órbita fracionada é diferente de suborbital [...] Uma órbita fracionada significa que isso pode permanecer em órbita pelo tempo determinado pelo usuário, e em seguida desorbita como uma parte da trajetória de voo", afirmou Saltzman, citado pelo portal The Drive.
Com isso, o oficial sugere que o sistema chinês tenha sido projetado para permanecer por um período maior no espaço.
Anteriormente, o Financial Times afirmou que, durante um dos dois testes realizados neste ano, o planador lançou seu próprio projétil, contudo, não se sabe qual era o objeto e o motivo pelo qual foi lançado.
De acordo com o portal The Drive, o sistema chinês utiliza algum tipo de planador hipersônico capaz de atingir altas velocidades, um voo em grande parte nivelado e atmosférico e que tem algum grau de manobrabilidade, acima da dos veículos de reentrada típicos.
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Por sua vez, o Financial Times relata que o veículo do novo sistema chinês pode ser capaz de lançar projéteis de forma independente, uma capacidade complexa tecnicamente, e que apresentaria um desafio maior às defesas.
O oficial americano destacou pontos importantes sobre as dificuldades em detectar e rastrear o voo de uma arma como esta, já que pode reduzir o tempo para a defesa avistar e definir um ataque nuclear do adversário e tomar as medidas cabíveis.
"Muitos de nossos alertas são baseados em mísseis balísticos, pois têm representado a principal ameaça há muitos anos [...] E compete à Força Espacial, em minha opinião, assegurar o desenvolvimento das capacidades para rastrear estes tipos de armas", afirmou.
Além disso, o oficial destacou que se "pudermos rastreá-lo, poderemos defini-lo e talvez possamos detê-lo".
Esta é a primeira vez que um general americano alerta sobre o impacto potencial por os EUA não serem capazes de detectar e rastrear rapidamente a presença de armas hipersônicas.
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