Restos mortais de 140 mil anos revelam 'nova espécie humana' em Israel (FOTOS, VÍDEO)

© AP Photo / Martin MeissnerReconstrução de neandertal que habitou Eurásia em um período entre 400 mil e 40 mil anos, exibida no Museu Neandertal em Mettmann, Alemanha
Reconstrução de neandertal que habitou Eurásia em um período entre 400 mil e 40 mil anos, exibida no Museu Neandertal em Mettmann, Alemanha - Sputnik Brasil, 1920, 25.06.2021
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Ossos de neandertais, de aproximadamente 140 mil anos, descobertos em Israel podem reescrever a história da evolução humana.

Uma equipe internacional de cientistas descobriu o que poderia ser uma nova espécie humana, batizada como "Homo Nesher Ramla", o mesmo nome do sítio onde os restos foram encontrados, em Israel.

De acordo com o estudo, um elemento marcante da descoberta é a datação de aproximadamente 140 mil anos, definido como o fim do Pleistoceno Médio.

"O elemento crucial desta descoberta é, particularmente, a datação, de aproximadamente 140 mil anos, naquele que é definido como o fim do Pleistoceno Médio", explicou um dos autores do estudo, Giorgio Manzi.

De acordo com o especialista, este período de tempo representa uma "fase de transição" da evolução humana das formas arcaicas do homem para as mais modernas, incluindo os neandertais e os Homo sapiens.

© REUTERS / Ammar AwadProfessor Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv, com os ossos fossilizados encontrados em Nesher Ramla
Restos mortais de 140 mil anos revelam 'nova espécie humana' em Israel (FOTOS, VÍDEO) - Sputnik Brasil, 1920, 25.06.2021
Professor Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv, com os ossos fossilizados encontrados em Nesher Ramla

As análises de dados sobre suas ferramentas de pedra, fauna, ambiente e possível comportamento associado aos restos encontrados no sítio israelense, mostraram que os Homo Nesher Ramla eram caçadores eficientes e usavam a madeira para atear fogo, e que sabiam como mantê-lo e também usá-lo para cozinhar.

Ou seja, estes hominídeos "dominavam plenamente a tecnologia que até há pouco estava relacionada com o Homo sapiens ou os neandertais, observaram os cientistas, ressaltando que as descobertas apontam para as interações culturais entre as diferentes linhagens ancestrais durante o Paleolítico Médio.

© REUTERS / Ammar AwadProfessor Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv, com os ossos fossilizados encontrados em Nesher Ramla
Restos mortais de 140 mil anos revelam 'nova espécie humana' em Israel (FOTOS, VÍDEO) - Sputnik Brasil, 1920, 25.06.2021
Professor Israel Hershkovitz, da Universidade de Tel Aviv, com os ossos fossilizados encontrados em Nesher Ramla

Além disso, as análises dos ossos do crânio, mandíbula e segundo molar inferior revelaram que a espécie apresentava "uma combinação distinta de traços neandertais e arcaicos".

Para os cientistas, estes hominídeos foram os últimos sobreviventes da mesma população ancestral do Pleistoceno Médio, que com toda a probabilidade, esteve envolvida na evolução do homem na Europa e Ásia Oriental no mesmo período.

"Os restos de Nesher Ramla mostram a contínua alternância nos últimos 200 mil anos de restos humanos de neandertais e humanos modernos [Homo sapiens] nos sítios do Levante Mediterrâneo", afirmou Juan Luis Arsuaga, um dos autores do estudo.

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